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Polícia

Após 3 dias em frente ao fórum, pastor é expulso pela PM

24 mar 2010 - 16h55
(atualizado às 18h45)
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Fabiano Rampazzo
Direto de São Paulo

Conhecido nos dois primeiros dias de julgamento por ficar na entrada do Fórum de Santana, na zona norte de São Paulo, dançando, cantando e gritando em nome de Deus, o pastor e fotógrafo Orlando Torres, 58 anos, foi expulso pela Polícia Militar na tarde desta quarta-feira.

Perito vê erros da investigação no caso Isabella:

O pedido para retirá-lo do local partiu de pessoas que aguardavam na fila para tentar acompanhar o terceiro dia de júri do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá. "Isso aqui é uma sessão triste, não é um lugar de festa. (Ele) estava incomodando muito com essa gritaria e essa cantoria toda", disse o estudante Rodolfo Mendes, 25 anos.

Nesta quarta-feira, depois de correr e pular, o comportamento do pastor incomodou até os policiais militares. "Inicialmente, convidamos o senhor a se retirar, mas ele não quis. Mais tarde, ele aceitou deixar o local", disse um dos PMs presentes na segurança do fórum.

Ao deixar o local, o pastor disse não entender o porquê de sua saída. "Os policiais vieram falar comigo, mas o que estou fazendo de errado? Só quero transmitir uma mensagem de paz", disse. Questionado se havia tomado alguma sustância, ele afirmou que "só tomei o Espírito Santo".

O caso

Isabella tinha 5 anos quando foi encontrada ferida no jardim do prédio onde moravam o pai, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, na zona norte de São Paulo, em 29 de março de 2008. Segundo a polícia, ela foi agredida, asfixiada, jogada do sexto andar do edifício e morreu após socorro médico. O pai e a madrasta foram os únicos indiciados, mas sempre negaram as acusações e alegam que o crime foi cometido por uma terceira pessoa que invadiu o apartamento.

O júri popular do casal começou em 22 de março e deve durar cinco dias. Pelo crime de homicídio, a pena é de no mínimo 12 anos de prisão, mas a sentença pode passar dos 20 anos com as qualificadoras de homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima e tentativa de encobrir um crime com outro. Por ter cometido o homicídio contra a própria filha, Alexandre Nardoni pode ter pena superior à de Anna Carolina, caso os dois sejam condenados.

Fonte: Especial para Terra
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