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Polícia

Desenho de Glauco é furtado de academia de artes em SP

19 mar 2010 - 17h26
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Um desenho que o cartunista Glauco Villas Boas, 53 anos, morto no dia 12 de março em sua casa em Osasco (SP), fez para os amigos da Quanta Academia de Artes em São Paulo foi furtado do local. O proprietário e diretor da escola, Marcelo Campos, disse que percebeu a ausência da figura na manhã da última quarta-feira.

Glauco foi morto em sua casa, em Osasco, no dia 12 de março
Glauco foi morto em sua casa, em Osasco, no dia 12 de março
Foto: Raphael Falavigna / Divulgação

Segundo Campos, o desenho estava com outros em uma parede na recepção da academia. O local tem figuras autografadas de cartunistas como Laerte, Angeli e Maurício de Sousa. "Quando eu recebo um amigo, peço para ele fazer um desenho", disse o proprietário da academia.

O desenho furtado não era o conhecido Geraldão, mas parecido com ele. Glauco havia desenhado um personagem sentado, segurando um drink em uma mão e um cigarro na outra. O desenho foi feito entre 2002 e 2003.

Até a tarde desta sexta-feira, a figura não havia reaparecido. "Não devolveram e eu imagino que não vão devolver", disse Campos. Segundo ele, na terça-feira, a funcionária que fica na recepção precisou se ausentar e o local ficou sem ninguém. Circulam pela recepção alunos e pessoas que chegam para conhecer a academia. Segundo Campos, desde que abriu a escola em 2002, nunca havia sumido nenhum desenho.

Entenda o caso
O cartunista e seu filho, Raoni Villas Boas, 25 anos, foram mortos na madrugada de sexta-feira, dia 12 de março, com quatro tiros cada, na residência da família, em Osasco (SP). Os dois chegaram a ser levados para o Hospital Albert Sabin, mas não resistiram aos ferimentos.

Glauco começou sua trajetória como cartunista nos anos 70, no Diário da Manhã, de Ribeirão Preto (SP). Ele publicou suas tiras também na Folha de S.Paulo e na revista Chiclete com Banana. O cartunista é famoso por ter criado personagens como Geraldão, Casal Neuras, Doy Jorge, Dona Marta e Zé do Apocalipse.

Na casa de Glauco, eram realizados cultos da Igreja Céu de Maria, que segue a filosofia do Santo Daime, prática religiosa cristã, ecumênica, que repudia todas as formas de intolerância religiosa. Os seguidores tomam o chá conhecido por esse nome. Para eles, a bebida amplia a capacidade perceptiva, criativa, cognitiva e de discernimento, elevando a consciência do ser humano.

Fonte: Redação Terra
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