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Encontrados restos mortais que podem ser da guerrilha do Araguaia

17 mar 2010 - 18h44
(atualizado às 20h19)
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Familiares de um guerrilheiro do Araguaia e uma equipe do Ministério Público Federal (MPF) encontraram restos mortais que podem ser de um guerrilheiro enterrado em Brejo Grande do Araguaia (PA), a 472 km de Belém, em um região conhecida como Tabocão.

Os restos humanos foram encontrados em Brejo Grande do Araguaia, a 90 quilômetros de Marabá (PA)
Os restos humanos foram encontrados em Brejo Grande do Araguaia, a 90 quilômetros de Marabá (PA)
Foto: MPF/PA / Divulgação

Uma pessoa que não quis se identificar apontou a familiares do guerrilheiro Antônio Teodoro de Castro (que usava o codinome Raul) vários locais onde poderiam ter ocorrido os sepultamentos.

Ao realizar buscas no local, os familiares encontraram pedaços de crânio, dentes e tecidos no lugar apontado pelo informante e comunicaram o Ministério Público Federal.

O procurador da República Tiago Modesto Rabelo reuniu uma equipe com agentes da Polícia Federal, do Instituto de Perícias Científicas do Pará e do Instituto Médico Legal de Marabá e se deslocou para o local na terça. Foram registrados depoimentos de moradores e novas escavações encontraram mais restos humanos.

Todo o material encontrado foi levado para a sede do MPF e será encaminhado ao Instituto Médico Legal em Marabá, onde será analisado e descrito.

Identificação
O processo de identificação deve ocorrer em Brasília. De acordo com o informante, o local poderia conter restos dos guerrilheiros Pedro Carretel (Carretel), Rodolfo de Carvalho Troiano (Manoel do A), Gilberto Olímpio Maria (Pedro) e Maurício Grabois (Mário).

Segundo infomrou o MPF, o Tabocão sempre foi apontado como possível área de enterros de guerrilheiros mortos durante os combates da década de 70. Em outubro do ano passado foram realizadas escavações pelo Grupo de Trabalho Tocantins, formado pelo Ministério da Defesa para procurar as ossadas desaparecidas, mas não foram encontrados restos mortais.

De acordo com os depoimentos prestados pelos moradores de Brejo Grande, as escavações do ano passado teriam sido feitas em pontos incorretos.

Fonte: Redação Terra
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