Lotérico depõe e diz que funcionária esqueceu de fazer jogo
- Fabiana Leal
- Direto de Porto Alegre
O delegado Clóvis Nei da Silva, da 2ª Delegacia de Polícia de Novo Hamburgo (RS), ouviu nesta tarde, por cerca de 2 horas, o proprietário da lotérica Esquina da Sorte, José Paulo Abend. Segundo o delegado, Abend teria dito que uma funcionária esqueceu de fazer o jogo. Vinte e cinco apostadores registraram ocorrência afirmando ter acertado as seis dezenas premiadas no concurso 1.155, o qual, segundo a Caixa Econômica Federal (CEF), não teve vencedores.
"A versão de erro da gráfica estaria descartada (para o dono da lotérica)", afirmou o delegado, que disse que continua na mesma linha - ele não descartou a possibilidade de estelionato.
Até esta quarta-feira, o delegado já ouviu cerca de 20 pessoas. E agora quer ouvir a funcionária responsável por fazer os bolões. Na terça-feira, o advogado do proprietário da lotérica, Marcelo De La Torres Dias, afirmou que o pai dela tinha comprado uma das 40 cotas colocadas à venda.
Os advogados de defesa dos ganhadores irão protocolar, nesta quarta-feira, uma notificação na Caixa. Embora o caso seja público, essa é uma medida formal de avisar a CEF sobre o que aconteceu.
De acordo com o delegado, o bolão custava R$ 11, tinha 40 cotas e 15 jogos. Os apostadores receberam um papel impresso com os números supostamente apostados pela lotérica Esquina da Sorte, sem cópia xerográfica do comprovante de aposta. Em um desses jogos, constavam os números premiados (20 - 28 - 40 - 41 - 51 - 58).
Na noite da última segunda-feira, a Caixa informou que suspendeu o sistema de apostas na lotérica. A defesa do proprietário contratou uma perícia técnica e jurídica para apurar o que aconteceu e dará uma entrevista nesta quinta-feira para divulgar o resultado da análise.
