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Política

STF diz que pedido de suspeição contra Marco Aurélio é falso

24 fev 2010 - 14h33
(atualizado às 14h52)
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Luciana Cobucci
Direto de Brasília

O Supremo Tribunal Federal informou, por meio de sua assessoria, que é falso o documento que pede suspeição do ministro Marco Aurélio Mello no julgamento do habeas-corpus do governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM). O pedido chegou em nome do advogado José Gerardo Grossi, que negou ter elaborado o documento. Grossi conversou com Marco Aurélio, que solicitou o envio da documentação à Polícia Federal.

Na prática, a ação pedia que o ministro fosse impedido de participar do julgamento, marcado para amanhã, por ter supostamente antecipado seu voto antes do julgamento de mérito. Em análise preliminar, Marco Aurélio Mello negou o habeas-corpus pedido por Arruda no último dia 12, depois de ele ter sido preso por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Entenda o caso Arruda

O mensalão do DEM, cujos vídeos foram divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Fonte: Redação Terra
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