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Política

Dilma diz querer construir o 3º governo democrático popular

20 fev 2010 - 12h42
(atualizado às 18h39)
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Claudia Andrade
Direto de Brasília

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, aclamada no 4º Congresso Nacional do PT, neste sábado, como pré-candidata à sucessão presidencial, voltou a usar o termo "herança bendita" para construir um "terceiro governo democrático popular".

Com a presença de Lula, Dilma foi aclamada pré-candidata do PT
Com a presença de Lula, Dilma foi aclamada pré-candidata do PT
Foto: José Cruz / Agência Brasil

"Recebo com coragem e determinação a missão que me deram, contando com o apoio que espero ter dos partidos aliados. Com eles, quero continuar a caminhada, quero formar um governo de coalizão", disse.

Ela afirmou também que "o Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos os vagões, como nos velhos tempos da Maria Fumaça". "Queremos 27 locomotivas puxando o trem do Brasil", disse a ministra, se referindo ao investimento em regiões menos desenvolvidas do País, como o Norte e o Nordeste.

Dilma prometeu aprofundar e aperfeiçoar programas do governo Lula e citou programas sociais como Bolsa Família, programa de formação de professores e apoio à entrada de jovens no mercado de trabalho, além de melhoria nas áreas de saúde, segurança e reforma urbana como metas para um governo de continuidade.

A ministra disse ainda que a política fiscal e o controle da inflação serão mantidos, assim como o combate à corrupção, e afirmou que as reformas política e tributária serão concluídas para que possam ser concretizadas.

Dilma também prometeu continuar valorizando o servidor e reaparelhando o Estado. Ela negou que a valorização do serviço público seja "inchaço da máquina". "Não haverá retrocesso e nem aventuras. Podemos avançar e fazer mais, muito mais rapidamente", disse. "Dar continuidade ao governo Lula significa avançar."

O discurso dureou cerca de uma hora e ela foi aplaudidade de pé ao defender a democracia e dizer que prefere "as vozes oposicionistas, ainda que mentirosas, ao silêncio da ditadura".

Cotado para assumir a vaga de candidato a vice, o presidente do PMDB e da Câmara Federal, Michel Temer (SP), foi convidado a compor a mesa sentando-se ao lado de Dilma.

O presidente do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que a aliança com o PMDB será sacramentada com a escolha do candidato a vice nas convenções partidárias de junho. Ele disse que o "tempo político" deve ser respeitado. "Não cabe ao PT dar palpite na indicação do PMDB", disse Dutra.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Redação Terra
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