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Polícia

"Nem sabia da separação", diz vizinha de mulher refém no RS

14 fev 2010 - 19h35
(atualizado às 23h55)
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Carolina Becker
Direto de Canoas

O vigilante Rodrigo Luciano Luz e sua ex-mulher Josiane Cristina Pontes, 29, que ele mantém refém no bairro Guajuviras, em Canoas (RS), região metropolitana de Porto Alegre, desde a madrugada de sábado, pareciam estar bem, segundo uma vizinha. "Para mim foi uma surpresa saber da separação. Eles aparentavam estar bem", disse na tarde deste domingo, Maria Zilá da Silva Gomes, 59 anos.

Maria, que mora na mesma rua do casal, disse que conhece a vítima há 23 anos. "Queria é que ele pensasse sobre o que está fazendo", afirmou. Segundo ela, o vigilante sempre foi "muito ciumento".

A vizinha disse ainda que o grande número de policiais - são cerca de 50 envolvidos na operação, de acordo com um oficial da Brigada Militar que não se identificou - mudou o cenário da rua no último dia. "Essa rua nunca esteve tão segura. Deu até pra dormir com as janelas abertas nessa noite", afirmou.

Segundo a polícia, por dois momentos, Luz esteve bem próximo de se entregar. O subcomandante-geral da Brigada Militar, coronel Jones Calixtrato dos Santos, afirmou que o vigilante quase se entregou na noite de sábado e na manhã deste domingo. Entretanto, o coronel não explicou o motivo pelo qual ele teria mudado de ideia. Na tarde de hoje, cerca de 80 pessoas, entre vizinhos e curiosos, estavam no local observando a negociação.

Luz está no local desde as 23h de sexta-feira. Após uma discussão com a ex-mulher a polícia foi acionada, por volta das 5h30 de sábado. Os policiais foram recebidos com tiros. Um cunhado do vigilante que chegava ao local foi ferido na altura do pescoço. Com a chegada da polícia, Luz entrou na casa e fez a mulher e os dois filhos, com idades de 11 e 8 anos, reféns. As crianças foram libertadas ainda na manhã de ontem.

Segundo Calixtrato, o vigilante afirmou que só iria se entregar quando se sentir tranquilo e seguro. "Nós damos toda a tranquilidade para ele saber, que nós, a Brigada Militar, damos segurança para ele sair", disse.

O Coronel afirmou também que a situação no local é muito delicada, já que apenas os negociadores têm visão completa da residência. A Brigada descarta uma invasão ao local. O objetivo é tentar vencê-lo pelo cansaço, já que Luz está há pelo menos 40 horas acordado. "Só iremos invadir caso ocorra perigo para a vítima", disse Calixtrato.

Veículos da imprensa aguardam o desfecho do caso
Veículos da imprensa aguardam o desfecho do caso
Foto: Matheus Pessel / Terra
Fonte: Redação Terra
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