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Política

Dilma sai em abril, mas eu continuo viajando, diz Lula

5 fev 2010 - 13h58
(atualizado às 18h02)
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Fabiana Leal
Direto de São Leopoldo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira, que a ministra-chefe da casa Civil e pré-candidata do PT à presidência da República, Dilma Rousseff, deixará o ministério em abril. "A Dilma, em abril, vai ter de se afastar do governo para fazer outras tarefas", disse Lula, durante inauguração de obras em São Leopoldo (RS). Lula, no entanto, garantiu que as viagens dele continuarão por todo Brasil. "Se agente não vai visitar, quem governa a cidade ou Estado diz que a obra é dele. Duvido que, nos últimos 30 anos, outro governo federal tenha colocado tanto dinheiro no Rio Grande do Sul", disse.

Lula participa da inauguração de serviços de saneamento e de entrega de casas populares em São Leopoldo (RS)
Lula participa da inauguração de serviços de saneamento e de entrega de casas populares em São Leopoldo (RS)
Foto: Ricardo Stuckert/PR / Divulgação

Lula afirmou que faz a sua contribuição para os Estados independente do partido que o governe. "O que nós queremos é que esse povo melhore de vida e por isso não pode ter mesquinharia", disse. De acordo com o presidente, o Brasil era conhecido como um País de obras inacabadas. Situação que, segundo ele, está sendo revertida graças à ministra Dilma. "Estou transformando este País em um País de obras concluídas", disse.

O presidente afirmou também que o motivo dele e a ministra Dilma terem feito diversas viagens por todo o País foi acompanhar e inaugurar obras. "Quem engorda o porco é o olho do dono. Se não estivermos atrás da obra, ao invés dela durar um ano, leva dez anos".

Lula disse ainda que o Pró-Uni, programa que facilita o acesso de pessoas carentes ao ensino superior, começou com o ministro da Justiça e pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul, Tarso Genro. De acordo com Lula, ele é o único presidente do Brasil que não tem ensino superior, mas que seu governo é o que mais fez universidades, escolas técnicas e creches.

O presidente também brincou com a crise de hipertensão que sofreu na semana passada. Lula disse que tinha pressa porque o prefeito da cidade, Ary Vanazzi, não iria lhe oferecer almoço e que teria que comer no avião de volta a Brasília. "Vou ser rápido, porque estou com fome. Vocês viram quando passei mal em Pernambuco, a gente não tinha almoçado e era meia-noite e não tínhamos jantado, então temos que nos cuidar", disse o presidente.

Dilma aproveitou seu discurso para falar sobre a construção de creches. Rodeada por crianças, a ministra afirmou que os pequenos eram a imagem do futuro. "Aquela imagem ali é a imagem do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) 2", disse Dilma, se referindo à presença das crianças.

O presidente chegou a São Leopoldo por volta das 12h30, após sobrevoar a área em um helicóptero. Vestido com uma camisa de manga curta de cor clara e uma calça jeans, o Lula, acompanhado dos ministros Márcio Fortes (Cidades), Tarso Genro (Justiça), Franklin Martins (Comunicação Social) e Dilma Rousseff (Casa Civil) subiu ao palco por volta das 12h50.

Quando viram o helicóptero que trazia Lula, as pessoas no local começaram gritar frases pedindo a chegada do presidente, como: "Lula, cadê você, eu vim aqui só para te ver". Nesta tarde, Lula inaugura a Estação de Tratamento (ETE) de Feitoria e também entrega 600 chaves de residências populares, partes delas construídas com dinheiro do Programa de Aceleração ao Crescimento (PAC). Esta é a segunda viagem de Lula após a crise hipertensiva da semana passada.

Fonte: Redação Terra
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