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MPF em SC pede suspensão do Enem por falta de segurança

29 jan 2010 - 08h29
(atualizado às 08h37)
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O Ministério Público Federal (MPF) em Santa Catarina pediu na Justiça a suspensão do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o ministério, o procedimento adotada para a realização da prova não é seguro para garantir a falta de identificação das provas no momento da correção. O MPF afirma que as provas foram envelopadas com a identificação do candidato, sem qualquer tipo de fiscalização, ao contrário do que acontece nos demais concursos, nos quais os três últimos candidatos a entregarem as provas ficam como testemunhas para a lacração de dois envelopes: um com as provas sem identificação, e outro com as folhas com respostas, identificadas apenas por números.

O webdesigner Carlos Novack, 24 anos, se atrasou 5 minutos e terá que esperar pelo ano que vem
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Foto: Raphael Falavigna / Terra

Segundo o MPF, o pedido requeria a suspensão do concurso para evitar a divulgação das notas dos candidatos - apesar do pedido, a divulgação ocorreu na quinta-feira - e a homologação do concurso para que o Enem não possa ser utilizado pelas universidades como critério, integral ou parcial, nos vestibulares.

A ação vai contra a União, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe-UnB) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Desidentificação
O MPF afirma que, embora não seja obrigatória a participação dos candidatos no procedimento de lacração dos envelopes, o procedimento empregado no Enem não garante que as provas sejam corrigidas sem a possibilidade de identificação dos participantes. Outro problema, afirma o ministério, é que o procedimento de desidentificação e identificação fica restrito ao Cespe-UnB, longe de qualquer tipo de controle externo.

Fonte: Redação Terra
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