PUBLICIDADE

Política

"Dilma mente", diz presidente do PSDB em nota

20 jan 2010 - 20h12
(atualizado em 21/1/2010 às 00h11)
Compartilhar

A ministra-chefe da Casa Civil e pré-candidata do PT à sucessão presidencial, Dilma Rousseff, foi mais uma vez alvo de críticas do PSDB nesta quarta-feira. Depois de ter chamado o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) de "peça de ficção", o partido oposicionista divulgou dessa vez uma nota assinada pelo presidente da legenda, senador Sérgio Guerra, sob o título "Dilma mente".

Em discurso, Dilma afirmou que oposição quer "acabar com o PAC"
Em discurso, Dilma afirmou que oposição quer "acabar com o PAC"
Foto: Agência Brasil

A troca de críticas se intensificou na terça-feira, quando Dilma, em um discurso em Minas Gerais, afirmou que a oposição pretendia acabar com o PAC. "O próprio presidente do partido de oposição disse que acabaria com o PAC como uma das medidas que seriam tomadas, porque o PAC não existe", disse a ministra, na ocasião. No mesmo dia, a vice-presidente do PSDB, senadora Marisa Serrano, divulgou uma nota afirmando que o programa governista não é um programa de obras, mas um "slogan publicitário".

No fim da noite de ontem, o presidente do PT, Ricardo Berzoini, também divulgou um comunicado, dizendo que o "PSDB perde a oportunidade de ficar calado" e criticando declarações de Sérgio Guerra.

A nota do PSDB afirma que Dilma mentiu sobre seu currículo e chama a ministra de "uma embalagem publicitária". O partido fala do suposto dossiê produzido sobre Ruth Cardoso, mulher do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), morta em 2008.

O Terra tentou entrar em contato com a assessoria de Dilma, mas não obteve retorno.

Leia a nota na íntegra

Dilma Rousseff mente. Mentiu no passado sobre seu currículo e mente hoje sobre seus adversários. Usa a mentira como método. Aposta na desinformação do povo e abusa da boa fé do cidadão.

Mente sobre o PAC, mente sobre sua função. Não é gerente de um programa de governo e, sim, de uma embalagem publicitária que amarra no mesmo pacote obras municipais, estaduais, federais e privadas. Mente ao somar todos os recursos investidos por todas essas instâncias e apresentá-los como se fossem resultado da ação do governo federal.

Apropria-se do que não é seu e vangloria-se do que não faz.

Dissimulada, Dilma Rousseff assegurou à Dra. Ruth Cardoso que não tinha feito um dossiê sobre ela. Mentira! Um mês antes, em jantar com 30 empresários, informara que fazia, sim, um dossiê contra Ruth Cardoso.

Durante anos, mentiu sobre seu currículo. Apresentava-se como mestre e doutora pela Unicamp. Nunca foi nem uma coisa nem outra.

Além de mentir, Dilma Rousseff omite. Esconde que, em 32 meses, apenas 10% das obras listadas no PAC foram concluídas - a maioria tocada por Estados e municípios. Cerca de 62% dessa lista fantasiosa do PAC - 7.715 projetos - ainda não saíram do papel.

Outra característica de Dilma Rousseff é transferir responsabilidades.

A culpa do desempenho medíocre é sempre dos outros: ora o bode expiatório da incompetência gerencial são as exigências ambientais, ora a fiscalização do Tribunal de Contas da União, ora o bagre da Amazônia, ora a perereca do Rio Grande do Sul.

Assume a obra alheia que dá certo e esconde sua autoria no que dá errado.

Dilma Rousseff se escondeu durante 21 horas após o apagão. Quando falou, a ex-ministra de Minas e Energia, chefe do PAC, promovida a gerente do governo, não sabia o que dizer, além de culpar a chuva e de explicar que blecaute não é apagão.

Até hoje, Dilma Rousseff também se recusou a falar sobre o Plano Nacional de Direitos Humanos, com todas barbaridades incluídas nesse Decreto, que compromete a liberdade de imprensa, persegue as religiões, criminaliza quem é contra o aborto e liquida o direito de propriedade. Um programa do qual ela teve a responsabilidade final, na condição de ministra-chefe da Casa Civil.

Está claro, portanto, que mentir, omitir, esconder-se, dissimular e transferir responsabilidades são a base do discurso de Dilma Rousseff. Mas, ao contrário do que ela pensa, o Brasil não é um país de bobos.

Senador Sérgio Guerra

Presidente Nacional do PSDB

Brasília, 20 janeiro de 2010

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
Publicidade