Família diz que briga judicial por Sean Goldman prosseguirá

A família de Sean Bianchi Carneiro Ribeiro Goldman, 9 anos, afirmou nesta segunda-feira, que apesar de ter sido determinada a antecipação da entrega do menino ao pai, o americano David Goldman, a questão judicial no Brasil prosseguirá.

"Caso os Tribunais superiores venham a modificar a decisão do TRF-2 (Tribunal Federal Regional 2ª Região), a família confia em que serão tomadas pelas autoridades brasileiras todas as medidas para que haja o retorno imediato de Sean ao Brasil", afirmou a família em nota, que reiterou ainda a sua confiança na Justiça e que acredita que o retorno do brasileiro Sean ocorra com a maior brevidade.

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Entenda o caso

David Goldman, o pai biológico de Sean, lutou para ter a guarda do filho desde a morte de sua ex-companheira, a brasileira Bruna Bianchi Carneiro. A briga pela guarda começou em 2004, quando Bruna deixou Goldman para uma suposta viagem de férias de duas semanas com o filho ao Brasil. Eles viviam na cidade de Titon Falls, Estado de New Jersey (EUA). Ao desembarcar no País, contudo, Bruna telefonou ao marido avisando que o casamento estava acabado e que não voltaria aos Estados Unidos.

A partir disso, foi travada uma batalha judicial pela guarda do garoto, na época com 4 anos. No Brasil, a Justiça reconheceu o divórcio pedido por Bruna sem a concordância de Goldman. Diante das leis americanas, eles permaneciam casados. Livre do compromisso com Goldman, Bruna se casou novamente com o advogado João Paulo Lins e Silva, mas no parto do segundo filho ela morreu, em 2008.

Diante da ausência da mulher, David Goldman veio ao Brasil na tentativa de levar o filho de volta aos Estados Unidos. Desde então, ele brigou pela guarda do garoto nos tribunais brasileiros, contra o padrasto de Sean e seus avós maternos.

Após 5 anos de batalhas judiciais pela guarda da criança com a família brasileira, o pai americano levou o filho aos Estados Unidos na última quarta-feira, véspera de Natal. Na ocasião, houve tumulto com a imprensa quando o padrasto chegou com Sean ao consulado americano no Rio de Janeiro.