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Rio: voo fretado com Sean e pai decola para os EUA

24 dez 2009 - 07h45
(atualizado em 25/12/2009 às 19h12)
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Andréa Bruxellas
Direto do Rio de Janeiro

O voo fretado no qual o menino Sean Goldman e seu pai, David Goldman, embarcaram por volta das 11h30 decolou para os Estados Unidos às 11h45 desta quarta-feira. Eles chegaram ao Aeroporto do Galeão às 10h10 e entraram por um prédio da Administração da Infraero, no Terminal 1.

Sean entrou na aeronave ainda usando uma camisa do Brasil em companhia do pai - que acenou da escada - e de uma mulher não identificada. O consulado americano disse que o transporte não está sendo pago pelo governo americano.

Sean deixou o consulado dos Estados Unidos às 9h50. A família brasileira chegou com ele ao consulado às 8h30. Os dois partiram em dois carros, segundo a assessoria de imprensa do Consulado. O menino deveria ser entregue ao pai, o americano David Goldman, até ás 9h desta quinta-feira, segundo decisão do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2).

O pai do menino foi o primeiro a chegar à Embaixada. Depois, os avós brasileiros chegaram, abraçados. A avó de Sean desejou feliz Natal ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que cassou uma liminar que permitia a permanência de Sean Goldman no Brasil. O TRF-2 já havia decidido pelo envio do menino aos Estados Unidos.

O padrasto e Sean chegaram pelo outro lado da rua. Eles tiveram que percorrer um trecho a pé e foram muito assediados pelos jornalistas que estavam no local. Ao furar o bloqueio, o padrasto abraçou o menino para protegê-lo.

O advogado chegou a pedir na Justiça que a avó materna acompanhasse o garoto no voo fretado pelo governo dos Estados Unidos para que a mudança fosse menos traumática para Sean, mas foi negado. A família chegou levando três malas.

O consulado dos EUA no Rio divulgou na manhã desta quinta-feira uma nota para "expressar sua satisfação" com o encontro de Sean com seu pai. "O consulado está fazendo o máximo para assegurar que o reencontro aconteça da forma mais tranquila possível. Para tanto, receberemos Sean no consulado assegurando sua entrada, segurança e privacidade. Fazemos um apelo ao público para que respeite o espaço e a privacidade de Sean e David nesse momento delicado", diz o comunicado.

O consulado informou ainda que o governo dos EUA não teve envolvimento na viagem do menino, que foi acertada entre os advogados das duas partes. O consulado disse que ofereceu acesso à garagem para a família de Sean, mas eles preferiram não utilizá-la.

Despedida

Nessa quarta, a família brasileira de Sean realizou uma despedida para o menino. Parentes brasileiros de Sean afirmam que David Goldman queria buscar o filho na casa do padrasto com escolta policial. A avó materna de Sean, Silvana Bianchi, se negou a entregá-lo dessa forma, afirmando que vai levar o garoto dentro do prazo, no consulado americano do Rio de Janeiro.

Entenda o caso

A história da luta do americano David Goldman para reaver a guarda do filho mobilizou a opinião pública e o governo americano. O pai de Sean, David Goldman, lutou para ter a guarda do filho desde a morte de sua ex-companheira, a brasileira Bruna Bianchi Carneiro.

A briga pela guarda começou em 2004, quando Bruna deixou Goldman para uma suposta viagem de férias de duas semanas com o filho ao Brasil. Ao desembarcar no País, contudo, Bruna telefonou ao marido avisando que o casamento estava acabado e que não voltaria aos Estados Unidos. A partir disso, foi travada uma batalha judicial pela guarda do garoto, na época com 4 anos.

Fonte: Especial para Terra
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