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Polícia

Mendes manda soltar médico Roger Abdelmassih

23 dez 2009 - 20h27
(atualizado às 21h23)
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O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, concedeu nesta quarta-feira liberdade ao médico Roger Abdelmassih, acusado de crimes sexuais contra 56 pacientes em sua clínica de reprodução assistida. A defesa havia alegado que não há qualquer indício concreto de que a liberdade do médico afronte a ordem pública.

Foto de arquivo mostra Roger Abdelmassih (dir.) deixando o Instituto Médico Legal (IML), em São Paulo
Foto de arquivo mostra Roger Abdelmassih (dir.) deixando o Instituto Médico Legal (IML), em São Paulo
Foto: Ale Cabral / Futura Press

Conhecido por ser um dos pioneiros no método de fertilização in vitro no Brasil, o médico Roger Abdelmassih foi preso em 17 de agosto de 2009 sob acusação de abusar de pacientes durante consultas. O especialista em reprodução assistida, que atendia famosos em sua clínica na zona sul de São Paulo, estava preso na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, e foi transferido recentemente para o 40º Distrito Policial, na capital paulista.

Outro argumento levantado pelos advogados é de que o suposto risco que suas pacientes correriam se ele continuasse clinicando já não existe com a suspensão de seu registro profissional pelo Conselho Regional de Medicina.

Os advogados alegam ainda que o médico possui todas as condições pessoais favoráveis à liberdade: é primário, tem bons antecedentes e residência fixa, além de ser um profissional renomado. O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, vai analisar o pedido.

Em sua decisão, Mendes afirmou que a prisão preventiva contra o médico tem objetivo de promover "antecipação de pena", "repudiado em nosso ordenamento jurídico".

As investigações contra Abdelmassih começaram em 2008, quando ex-pacientes do médico procuraram um grupo especial do Ministério Público. A maior parte das mulheres tem idades entre 30 e 45 anos e são de vários Estados do País. O médico, que também é investigado por manipulação genética, nega as acusações.

Fonte: Terra
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