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Cidades

Rioluz admite que 10% dos pontos de iluminação não funcionam

15 dez 2009 - 04h22
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Mais de 41 mil pontos de iluminação pública do Rio apresentam graves problemas: ou não acendem à noite ou não apagam de dia. A informação é da própria Rioluz, que mapeou 24.720 postes sem luz e outros 16.480 onde os sensores que deveriam desligar as lâmpadas não funcionam.

A empresa municipal explica que os números representam 10% dos pontos de luz instalados na cidade. Na Baixada Fluminense, pelo menos dois municípios apresentam índices de desempenho superiores ao da Rioluz. Em Duque de Caxias, os problemas não chegam a atingir 7% dos 60 mil pontos de luz da cidade. Em Guapimirim, onde a Ampla mantém parceria com a prefeitura na iluminação pública, o percentual é ainda menor, só 1%, o mesmo índice de Curitiba, no Paraná.

Para o promotor Rodrigo Terra, da 2ª Promotoria de Defesa do Consumidor, os números da Rioluz mostram que o serviço merece ser questionado. "É preciso sanear as contas do município e enfrentar os seus compromissos pontualmente, ou seja, investir antes de tudo na manutenção da rede", analisa o promotor.

Ontem, o inquérito civil público, instaurado na quinta-feira pelo MP para apurar a constitucionalidade da taxa de iluminação pública, ganhou reforço de 5 mil assinaturas colhidas antes da aprovação do projeto na Câmara de Vereadores. O promotor expediu recomendação para o prefeito se abster de sancionar e ainda não definiu se entrará com ação civil pública. "Vamos aguardar a posição do prefeito para saber se ele vai sancionar a lei", explica.

Nos bares e lanchonetes do Rio, comerciantes reclamam do serviço de iluminação oferecido pela Rioluz. "Infelizmente somos nós, o comércio, que iluminamos o Centro do Rio. Não fosse assim, as pessoas deixariam de vir porque temem ser assaltadas", lamenta Gil Sanchez, dono do Portinho, na esquina das ruas Sete de Setembro e do Carmo.

No Arco do Teles, na Praça 15, o recepcionista-chefe do Via XV, Ricardo Santana, explica que os bares da região colocaram refletores para iluminar a área. "Se não, isso seria como uma caverna escura", compara. Na esquina das ruas do Mercado e do Rosário, o Casual optou por luminárias presas à fachada do bar. "Ninguém passa aqui depois que a gente fecha. É perigoso", avisa o barman Antonino de Almeida.

Do lampião à eletricidade, uma aventura em busca da luz

Com patrocínio da Light e da Secretaria Estadual de Cultura, o livro A Evolução da Iluminação na Cidade do Rio de Janeiro (Synergia Editora) será lançado às 18h de hoje, no 13º andar da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), no centro.

Em 212 páginas, ilustradas com fotos e gravuras, a obra do engenheiro eletricista Milton Martins Ferreira, 86 anos, conta a história da iluminação nos últimos cinco séculos. As soluções que antecederam o uso da eletricidade para iluminar as ruas e as casas, como os lampiões a óleo de baleia, o gás de carvão mineral e o querosene, também são abordadas.

O livro mostra, entre outros temas, o advento da energia elétrica, as lâmpadas de arco voltaico, a chegada da Light, a fase pós-guerra, a evolução tecnológica e as tendências para o futuro. Além dos aspectos técnicos, Milton Martins Ferreira analisa os contextos sociais, econômicos e administrativos de cada época.

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