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Polícia

Preso subtenente acusado de matar 1 homem em festa no Rio

3 dez 2009 - 08h38
(atualizado às 08h41)
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Um desentendimento durante um evento comemorativo do Dia Nacional do Samba, em Oswaldo Cruz, no subúrbio do Rio de Janeiro, acabou em tiroteio e deixou um morto e um ferido, no fim da noite de quarta-feira. O acusado de fazer os disparos é o subtenente do Exército Marcos André Marinho Voitel, 41 anos. O militar foi preso em flagrante e teve a sua pistola calibre 40 apreendida. Um policial militar, que estava de folga, e teria visto o crime, deu voz de prisão ao subtenente, que é lotado na Brigada Paraquedista.

Testemunhas disseram que um esbarrão teria provocado a discussão. O funcionário da produtora de eventos Furacão 2000 Jorge Bruno Coelho da Silva, 21 anos, foi baleado no peito e morreu após dar entrada no Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Um outro homem, identificado como Fernando Moreira Macedo, 30 anos, foi atingido no braço, mas segundo a polícia, não corre risco de vida.

No momento da confusão, centenas de pessoas circulavam pela Rua João Vicente, em frente à estação de trem. "O Jorge Bruno e o autor dos disparos se esbarraram durante a festa. Houve uma discussão. O militar puxou a arma. O Bruno tentou correr, mas acabou atingido na altura do peito. O outro rapaz foi alvo de uma bala perdida. Ele atirou por um motivo fútil. O Bruno estava se divertindo. Morreu de forma estúpida", contou o amigo R., 16 anos.

O subtenente do Exército Marcos André foi conduzido à 28ª DP (Campinho), onde foi autuado por homicídio e tentativa de homicídio. O teor de seu depoimento não foi divulgado. Um colega de farda, que preferiu não se identificar, disse que o militar sempre teve um comportamento exemplar e nunca havia se envolvido em confusão. No início desta manhã,o subtenente foi escoltado para o quartel da Brigada Paraquedista, em Marechal Hermes, na Zona Oeste.

A dona de casa Maria de Lourdes Coelho, 28 anos, pediu por justiça pela perda do irmão. Segundo Maria de Lourdes, o auxiliar de produção Jorge Bruno era uma pessoa tranquila e não gostava de confusão. Filho caçula de quatro irmãos, Jorge gostava de samba e estava participando da festa pela segunda vez.

"Queremos Justiça. Meu irmão foi morto por causa de um esbarrão. Ele era uma pessoa tranquila. Fugia de discussão e evitava brigas. Espero que o assassino receba a punição necessária. O fato de ele ser do Exército não pode deixá-lo impune", disse a dona de casa. Jorge Bruno trabalhava há cerca de cinco anos na Furacão 2000. Ele deixa mulher e uma filha de 1 ano.

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