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Mensalão do DEM reforça polarização das eleições, diz ministro

2 dez 2009 - 14h04
(atualizado às 15h12)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou nesta quarta-feira que as denúncias e imagens de um esquema de suposto pagamento de propina a deputados distritais da base aliada ao governo José Roberto Arruda (DEM) devem reforçar a polarização de propostas nas eleições de 2010.

Para o coordenador político do governo, que admitiu não ter assistido aos vídeos da Operação Caixa de Pandora, o episódio permitirá que, no próximo ano, o eleitor possa analisar melhor a diferença de projetos entre o PT, hoje no governo, e o DEM e o PSDB, legendas oposicionistas ao governo Lula.

"Acho que isso faz que a gente possa fazer um debate nas eleições de 2010 ainda mais centrado em quais são os projetos para o País¿, comentou. ¿(O escândalo) reforça a ideia de polarização na disputa eleitoral do ano que vem entre o que é o governo do presidente Lula (...) inclusive nos tópicos relacionados à corrupção", explicou o ministro, que não quis fazer comentários sobre se concordava ou não com a tese do presidente Lula de que "as imagens não falam por si".

O mensalão do governo de José Roberto Arruda (DEM), cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF). O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o suposto pagamento de propina a deputados da base aliada.

Em sua defesa, Arruda disse que toda a arrecadação de recursos está devidamente registrada na Justiça Eleitoral e afirmou que recebeu recursos apenas uma vez do então secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, e para a compra de panetones para famílias carentes.

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Fonte: Terra
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