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Política

Fontana: mensalão no DF não pode virar cruzada antipolítico

2 dez 2009 - 12h10
(atualizado às 12h21)
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Laryssa Borges
Direto de Brasília

O líder do governo na Câmara, deputado Henrique Fontana (PT-RS), afirmou nesta quarta-feira que o esquema do mensalão no Distrito Federal, supostamente coordenado pelo governador José Roberto Arruda (DEM), não pode virar uma "cruzada" da sociedade contra a classe política. "Não adianta fazer uma cruzada antipolíticos", disse, afirmando que corrupção e atos ilegais estão presentes em diversos setores.

"As imagens são bastante graves, mas temos estruturas, como as que trouxeram as imagens à tona, que têm todas as condições de aprofundar (o caso) e fazer uma investigação criteriosa e firme. Acredito muito nas instituições especializadas do País. Se não fossem essas instituições, o Brasil não saberia disso (mensalão no DF). Devemos apostar em investigações profissionais desse estilo", afirmou o parlamentar.

O líder, que adotou o tom de cautela ao comentar as denúncias contra Arruda e deputados da Câmara Legislativa do DF, disse considerar mais importante fortalecer instituições como a Polícia Federal e o Ministério Público do que criar uma CPI na Câmara Federal para apurar o caso. Coordenada pela bancada do PT em Brasília, a Câmara Legislativa tenta instalar uma comissão de inquérito local para apurar o caso.

Entenda o caso

O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram divulgados neste fim de semana, é resultado das investigações da operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de recursos públicos envolvia empresas de tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.

O governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos, denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha foram "regularmente registrados e contabilizados".

As investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude em licitação, crime eleitoral e crime tributário.

Fonte: Terra
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