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Política

Ministro: polêmica sobre folder do vale-cultura é factóide

25 nov 2009 - 14h30
(atualizado às 15h15)
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O ministro da Cultura, Juca Ferreira, chamou de factóide a polêmicagerada em torno de um folder produzido pelo Ministério da Cultura que supostamente pediria voto para os cerca de 250 deputados da FrenteParlamentar da Cultura, que apoia projetos ligados à cultura.

O folder incentiva a população a votar nos parlamentares que são a favor do vale-cultura
O folder incentiva a população a votar nos parlamentares que são a favor do vale-cultura
Foto: Divulgação

"Este folheto é da Câmara de Deputados para o Dia Nacional da Cultura, numa sessão solene, para estimular os deputados a votarem na pauta da cultura que tem projetos de lei oriundos do ministério, da própria Câmara e da sociedade por meio de abaixo-assinado, como o Super Simples", disse.

Para Juca Ferreira, a oposição não quer votar o projeto de lei doVale-Cultura, que, segundo ele, vai beneficiar 12 milhões de pessoas, eestá incomodada com a alta popularidade da ministra da Casa Civil,Dilma Rousseff, como candidata pré-candidata à presidência da República no ano que vem. "O dissenso é estratégico para a democracia do País, mas o consenso também, e beneficia a cultura brasileira. Não precisa fazer alarde. Não quer votar, não vota."

O ministro garantiu que a publicação foi feita pelo Ministério da Cultura de forma legítima. "A Câmara não teria tempo de publicar o material e a Frente Parlamentar nos pediu que o publicasse. Tenho o ofício disso. Não há nada de ilegal ou ilegítimo nisso."

Juca Ferreira negou que o material seja eleitoreiro ou partidário, já que a Frente Parlamentar da Cultura é suprapartidária e conta com deputados da oposição e da situação. "Um deles é o Rodrigo Maia (DEM), vocês acham que eu faria campanha para Rodrigo Maia?", perguntou o ministro.

Ele acusou a imprensa de ser irresponsável ao publicar matérias sem investigar. As declarações foram feitas nesta manhã, durante o lançamento do Programa do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES) para o Desenvolvimento da Economia da Cultura, na sede dobanco, no centro do Rio de Janeiro.

Improbidade administrativa

Na noite desta terça-feira, o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse em Plenário ter encaminhado à Procuradoria Geral da União representação contra o ministro da Cultura por improbidade administrativa. Segundo ele, é necessária uma investigação do Ministério Público sobre a responsabilidade do ministro na confecção dos folderes que, para ele, caracteriza propaganda eleitoral antecipada.

Agência Brasil Agência Brasil
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