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Visita de Ahmadinejad gera confusão em Brasília

23 nov 2009 - 11h49
(atualizado às 15h08)
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Elaine Lina
Direto de Brasília

Faltando poucos minutos para o primeiro compromisso do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, manifestantes a favor e contra a visita se desentenderam no gramado da Esplanada dos Ministérios, em frente ao Itamaraty. Os grupos discutiram, mas se acalmaram com a chegada da imprensa.

Apoiadora do líder do Irã(esq.) discute com manifestantes anti-Ahmadinejad
Apoiadora do líder do Irã(esq.) discute com manifestantes anti-Ahmadinejad
Foto: Reuters

"Você é brasileiro. Não pode falar nada", disse um manifestante com uma bandeira de Israel a um homem que tentou acalmar a discussão.A segurança na Praça dos Três Poderes foi redobrada para a visita. Grades foram colocadas para isolar manifestantes e foram apreendidas faixas contra e a favor da presença do presidente do Irã no Brasil.

Ahmadinejad chegou às 9h30 desta segunda-feira à base aérea de Brasília para uma visita de um dia ao País. O presidente iraniano incluiu o Brasil em uma viagem internacional de cinco dias, cuja primeira etapa foi no Senegal, e que o levará na terça-feira à Bolívia e na quarta à Venezuela.

Viagem ao Oriente Médio

Lula anunciou nesta segunda-feira que fará uma viagem a Israel, ao Irã e à Palestina em março de 2010 e disse que aguarda apenas o retorno dos líderes dos três países para estabelecer uma data. "Tenho uma tese de que não é possível que não se encontre um caminho para fazer a paz. Achamos que é preciso envolver outros países, outros atores, outros negociadores, para que a gente possa tentar discutir a paz de verdade", disse.

O petista pediu também que o Irã não seja deixado de lado nas negociações de paz e cobrou da Organização das Nações Unidas (ONU) maior intervenção nos conflitos do Oriente Médio. "A ONU deveria estar negociando, estabelecer com os países qual é o critério, qual é a base para fazer o acordo e viver tranquilo porque o mundo precisa de paz, o Oriente Médio precisa de paz", disse o presidente. "Aquelas pessoas estão cansadas de guerra, estão cansadas de morte, estão cansadas de ataques. Então, é preciso encontrar um jeito. Não adianta alguém ficar pensando que é melhor do que o outro, não adianta ninguém ficar acusando ninguém. É preciso olhar um pouco o passado, mas pensar no futuro, e o futuro tem que ser de paz", completou.

Com informações da Agência Brasil e da EFE.

Fonte: Terra
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