PUBLICIDADE

Política

PT-MS diz que lançará candidato próprio sem aval da cúpula

22 nov 2009 - 18h30
(atualizado às 18h35)
Compartilhar
Celso Bejarano
Direto de Campo Grande

O comando do PT em Mato Grosso do Sul vê a disputa pelo diretório regional do partido como a primeira investida pela candidatura do ex-governador José Orcírio dos Santos, o Zeca do PT (1999-2006), nas eleições estaduais do ano que vem, intenção ainda ameaçada por conta da aliança nacional negociada entre o PT e o PMDB. O PT do Estado afirma hoje que vai lançar candidatura própria, mesmo contrariado pelo comando nacional do partido.

Confirmado isso, Zeca enfrentaria o governador André Puccinelli, do PMDB, que quer a reeleição. A eventual disputa entre Zeca e Puccinelli influenciou na eleição pelo comando do diretório regional do partido. O PT havia lançado dois candidatos, mas logo no início da votação, anunciou uma chapa única, justamente a encabeçada pelo ex-vereador Marcus Garcia, apoiado pelas principais lideranças petistas, simpatizantes da candidatura de Zeca do PT.

"A chapa única revela que estamos unidos e prontos parar brigar pela volta de Zeca", disse o deputado federal Vander Loubet, sobrinho do ex-governador. O PT-MS possui cerca 42,4 mil filiados e, para eleger o diretório novo, é necessário que ao menos 15% dos votantes compareçam as urnas. O resultado da eleição deve ser anunciado às 21h (horário local).

Embora André Puccinelli tenha dito que "não teme" o confronto contra Zeca do PT, ele tem sido cauteloso ao comentar com quais partidos deve se aliar no ano que vem. Quando questionado sobre as alianças, ele afirma que vai aguardar a recomendação nacional e que reservaria uma candidatura ao Senado aos petistas, caso os dois partidos disputem unidos.

A ideia de Puccinelli é enxergada com ironia pelos petistas: ¿se ele quiser uma aliança com o PT, que dispute ao Senado e o Zeca, ao governo¿, disse o deputado estadual Paulo Duarte.

O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) acredita que o comando nacional do partido não vai interferir na candidatura do ex-governador. "Zeca é o nosso candidato e não creio em intervenção, ou alguma outra imposição", disse.

O senador afirmou ainda que no dia 13 de dezembro, o PT de MS vai promover um ato determinando a pré-candidatura de Zeca e que convidou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para assistir ao evento. "Ela (Dilma) deve vir, é só acertar agenda", disse.

Fonte: Especial para Terra
Compartilhar
Publicidade