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Política

Tarso: Dilma precisará mais do PT do que Lula precisou

22 nov 2009 - 10h10
(atualizado às 10h34)
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Fabiana Leal
Direto de Porto Alegre

O Partido dos Trabalhadores terá um "papel redobrado" se a ministra Chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, for eleita presidente da República, segundo o ministro da Justiça, Tarso Genro, que está em Porto Alegre (RS) neste domingo para votar nas eleições dos novos presidentes do partido. Segundo ele, Dilma ou qualquer outra liderança que venha a substituir Lula precisará mais do apoio do PT do que o presidente precisou. Para Tarso, o PT precisará estar mais organizado, mais vinculado aos movimentos sociais e mais integrado às grandes decisões políticas do governo.

O deputado estadual Raul Pont (esq.) e o ministro da Justiça, Tarso Genro, conversam na sede do PT em Porto Alegre
O deputado estadual Raul Pont (esq.) e o ministro da Justiça, Tarso Genro, conversam na sede do PT em Porto Alegre
Foto: Fabiana Leal / Terra

Tarso afirma que o governo Lula conseguiu fazer uma articulação ímpar devido à figura pessoal do presidente, que, para o ministro, é inigualável e insubstituível devido a sua capacidade de liderar, de articular e do seu prestígio popular.

"Dilma, ou qualquer outra liderança que for substituir o presidente, precisará muito mais do partido do que o Lula precisou devido a sua característica ímpar de articulação. O partido ficou com o papel um pouco mais secundário - com uma postura mais de sustentação do que de produção de ações e políticas", diz Tarso.

Para o candidato petista ao Palácio Piratini, com a vitória de Dilma, o PT terá de sedimentar uma política de alianças mais consistente e programática, e terá de atuar como sujeito mais ativo. O partido precisa, segundo ele, ser cada vez mais democrático e intensificar sua conversa com a sociedade para poder dar uma boa sustentação à substituta de Lula.

Para Tarso, a ministra Dilma tem um ponto de partida extraorinário para vencer as eleições. "E tem o melhor cabo eleitoral do mundo, que tem o apoio de 80% da população. Então, é uma candidata altamente competitiva e com grandes possibilidades de vitória. Dilma se prepara para ser a primeira presidente mulher do País, e o nosso partido se prepara para ser o protagonista ativo da construção de uma hegemonia política", diz.

O ministro afirma que ainda não tem prazo para deixar a pasta e diz que está avaliando a data mais adequada com o presidente Lula.

Fonte: Terra
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