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Negros têm o que comemorar, diz ministro da Igualdade Racial

20 nov 2009 - 20h21
(atualizado às 20h40)
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O ministro Edson Santos, da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir), disse há pouco, em cadeia nacional de rádio, que a população negra continua em situação de desigualdade, quando comparada ao resto da sociedade brasileira, ocupando os postos de trabalho de menor qualificação e sendo a maior vítima da violência no campo e na cidade.

Em seguida, já em tom mais otimista, o ministro afirmou que há o que comemorar neste Dia da Consciência Negra e destacou alguns aspectos que considera como importantes conquistas, como a assinatura de 30 novos títulos de propriedade para comunidades quilombolas; os avanços na tramitação do Estatuto da Igualdade Racial no Congresso; e a instituição de políticas de cotas raciais em mais de 60 universidades públicas.

O ministro também destacou a "melhoria do acesso da população negra à educação", atribuindo essa melhora ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Segundo ele, o ProUni destinou metade de suas quase 600 mil bolsas de estudo em universidades particulares para os alunos negros.

"Outra conquista é a gradual implantação da lei que torna obrigatório o ensino de história e cultura da África e dos negros brasileiros em todas as escolas do país. Uma medida para combater o racismo em suas raízes, elevar a autoestima da população negra,e fazer com que todos e todas, de qualquer raça ou origem, tenham orgulho da sua identidade", afirmou o ministro.

Ao falar sobre o período escravagista, o ministro enfatizou que a celebração  da morte do líder escravo Zumbi dos Palmares (morto e exposto em praça pública em novembro de 1695) serve para despertar a consciência sobre a necessidade de os brasileiros lutarem contra as desigualdades e superarem a discriminação racial.

"Com cada um fazendo sua parte, é possível enxergar no futuro um país livre da discriminação racial, em que as oportunidades sejam iguais para qualquer brasileiro. Afinal, um país sem desigualdades, é um país melhor para todos", disse o ministro.

Agência Brasil Agência Brasil
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