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Ministério contradiz Protógenes e nega demissão da PF

6 nov 2009 - 23h23
(atualizado às 23h51)
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O Ministério da Justiça informou nesta sexta-feira, por meio de sua assessoria, que a Polícia Federal suspendeu o delegado Protógenes Queiroz por 60 dias, e não o demitiu. Mais cedo, Protógenes havia dito, em um evento do PCdoB, ter sido comunicado de que seria exonerado da corporação.

Protógenes discursa em evento de filiação ao PCdoB, em setembro
Protógenes discursa em evento de filiação ao PCdoB, em setembro
Foto: Ivan Pacheco / Terra

Protógenes é alvo de uma série de processos administrativos desde que foi afastado das investigações da Operação Satiagraha, por supostas irregularidades nas investigações. Em um desses processos, a PF determina o afastamento de Protógenes por 60 dias. Mas o processo foi enviado para análise da consultoria jurídica do Ministério da Justiça, como é de praxe.

Ao anunciar sua suposta demissão, Protógenes classificou a decisão da PF como "um ato de tirania". Quando indagado de que ele poderia ter sido suspenso, o delegado também protestou. "Ainda que fosse uma suspensão, seria indigno. Quem precisa ser punido é Daniel Dantas". Mais tarde, Protógenes disse que foi informado de uma suspensão por 60 dias, mas que também foi comunicado de sua demissão.

"Recebi um telefonema que o ato estava pronto e que faltava somente a sua publicação no Diário Oficial, que deve acontecer na segunda ou terça-feira. É um ato de tirania da Polícia Federal, unilateral, sem precedentes na história desse país", disse Protógenes, que ficou conhecido depois de ter sido responsável pela prisão do banqueiro Daniel Dantas, do ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta e do investidor Naji Nahas.

Segundo Protógenes, o motivo da demissão seria a participação dele em um comício em Poços de Caldas. Ele nega a acusação. O delegado, que se filiou recentemente ao PCdoB, afirmou que toda vez que participava de eventos públicos era notificado pela corporação. "Isso é algo que nunca existiu. Toda vez que eu participo de um ato público, recebo uma intimação da Polícia Federal. Isso é indigno e é injusto. Vou recorrer à Justiça de meu País."

Fonte: Redação Terra
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