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MediaON

vc repórter: MediaOn discute sobrevivência na internet

29 out 2009 - 09h57
(atualizado em 31/10/2009 às 08h15)
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Nesta quarta-feira, 28 de outubro, ocorreu em São Paulo (SP), o primeiro ciclo de painéis do 3º MediaOn - seminário internacional de jornalismo online - realizado pelo portal Terra e pelo Itaú Cultural. A forma de adaptação à nova era das mídias digitais foi o tema comum entre os debates. Essa transformação se deu tanto entre grupos de mídias tradicionais quanto entre indivíduos. "A internet se mostrou para todos mais do que uma plataforma, ela melhorou a comunicação entre as pessoas", declarou a editora executiva da BBC News Online , Nathalie Malinarich.

Em cada um dos quatro painéis do MediaOn foi possível perceber o que quis dizer Zygmunt Bauman em seu livro Vida para Consumo , quando disse que "a vida social já se transformou em vida eletrônica e a invisibilidade no meio digital é equivalente à morte". O debate central do evento falou sobre como ocorreu a migração de empresas baseadas nas mídias tradicionais para o universo digital. Também abriu espaço para a discussão dessa necessidade de sobrevivência e visibilidade no meio digital entre pessoas comuns.

No primeiro painel, a experiência de grandes grupos de mídia brasileiros que cresceram no ambiente offline e, para não cair na invisibilidade, precisaram se adaptar ao ambiente online. No segundo e no terceiro painéis, foi possível conhecer quais foram as estratégias de grandes mídias internacionais para superar a invisibilidade e conquistar esse novo nicho de consumidores de notícias pela via digital: a estatal britânica BBC , detentora já dos meios de televisão e rádio, e a gigante das comunicações argentina, o jornal El Clarín . No último painel do dia, o "jornalismo sem intermediários", discutiu os relatos de pessoas que conseguiram visibilidade e divulgação de conteúdos através de ferramentas da internet, como blogs e redes sociais.

Revolução digital nos grandes grupos de mídia

No primeiro painel, Pedro Doria, atual editor-chefe de conteúdos digitais do Grupo Estado , lembrou que a notícia na internet consegue atingir mais público do que no papel e por isso deve continuar a ser bem feita. "O jornalismo nasceu para servir a comunidade e alimentá-la de informação. Agora, em um momento de transformação tecnológica, é preciso que a informação bem apurada continue sobrevivendo".

Outra grande empresa que agora se esforça para se integrar à nova mídia é a Editora Abril . Fabiana Zanni, diretora de mídias digitais, contou como a empresa optou pela segmentação dos seus conteúdos na internet, para atender a interesses específicos de seu público. Zanni afirmou que a divulgação de algumas marcas em outras plataformas, como no caso da Capricho, aumentaram a venda das revistas. Por fim, Antonio Guerreiro contou como foi a experiência de criação de um novo portal de notícias com pretensão de se tornar líder de mercado: o R7.com . Segundo ele, "o jornalismo de internet tem que ser mais direto e com linguagem mais próxima do 'contado', ou seja, um papo com o leitor".

No segundo painel, Nathalie Malinarich, editora executiva da BBC News Online , apresentou quais foram as iniciativas da empresa para manter-se dentro e fora da internet. Ela destacou a precisão de conteúdo, a transparência e a acessibilidade à informação como as principais ferramentas. Também explicou a estratégia 360º, como adaptar uma notícia para todas as mídias possíveis, integrando todas as plataformas. Malinarich ressaltou ainda a importância de deixar o internauta interagir com a notícia e de haver um espaço para troca de informação. "A internet se mostrou para todos mais do que uma plataforma, ela melhorou a comunicação entre as pessoas", concluiu.

No terceiro painel, Marcos Foglia, gerente de novos meios do Clarín Global (unidade de negócios digitais do Grpo Clarín), falou do impacto que teve a revolução tecnológica. Como a empresa precisava conseguir êxito online da mesma forma que conseguia offline e quais foram as transições necessárias para que isso acontecesse. Para Foglia, foi preciso mudar a rotina de trabalho e o processo de produção da notícia, além de capacitar as pessoas para trabalharem nessa nova mídia. Mesmo agora, com conteúdos sendo produzidos para multiplataformas e novas linguagens sendo desenvolvidas, Foglia acredita que a evolução é constante. "Vivemos uma era de transformações sociais mediadas pela internet", concluiu ele.

A internauta Noemi Zein Telles, aluna da Facamp (Faculdades de Campinas), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.

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