Pedida prisão de irmão suspeito de matar acrobata no Rio
A polícia pediu nesta quarta-feira a prisão Anderson Guimarães de Jesus, irmão do acrobata da Intrépida Trupe Caio Marcelo Guimarães de Jesus. Ele é apontado pela polícia como o principal suspeito de ter matado o artista com golpes de marreta e ainda ter roubado objetos de sua casa, em Santa Teresa, na zona sul do Rio de Janeiro na segunda-feira.
O porteiro do Edifício Santa Teresa, Manoel Pereira, confirmou a O Dia que Anderson foi a última pessoa a deixar o apartamento no dia do crime. O delegado Fernando Veloso, titular da 7ª DP, confirmou que o apartamento de Caio Guimarães não tinha sinais de arrombamento. As portas da frente e do quarto estavam trancadas.
Na tarde de terça-feira, cerca de 150 pessoas compareceram ao velório e enterro do ator, no Cemitério São João Baptista, em Botafogo, Zona Sul do Rio. O grupo vai criar um espaço, chamado 'Caioteca', em homenagem ao acrobata, em sua sede na Fundição Progresso. A morte do acrobata cancelou a estreia do projeto Coleções, previsto para sexta-feira na sala Funarte do Palácio Gustavo Capanema, no centro.
A marreta, principal prova do crime, foi encontrada com marcas de sangue dentro de sacolas plásticas. As investigações concluíram que o assassino recebeu outra pessoa no apartamento quando Caio Guimarães já estava morto no quarto, mas que ela pode não ter desconfiado do crime.
Caio era o caçula de uma família de oito irmãos. Nascido em São Gonçalo, o acrobata foi criado pela madrinha a partir dos 11 anos, época em que seus pais morreram. Em 2004, Caio Guimarães coordenou a performance dos atores Daniel Gonçalves e Leandra Leal durante as filmagens de "Cazuza, o Tempo não Pára".