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Missão no Haiti pode ajudar Brasil a integrar conselho da ONU

15 out 2009 - 12h20
(atualizado às 13h11)
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Depois da renovação por mais um ano do período da missão de paz das Nações Unidas no Haiti, a expectativa dos negociadores brasileiros é garantir espaço em uma eventual reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Integrado por cinco membros permanentes e dez temporários, o órgão deve refletir a adequada realidade política e econômica internacional, segundo o governo do Brasil, uma vez que a formação atual é de 1945. Como permanentes no conselho estão Estados Unidos, França, China, Rússia e Reino Unido, enquanto os temporários são Burkina Faso, Costa Rica, Croácia, Líbia, Vietnã, Áustria, Japão, México, Turquia e Uganda. Representantes dos dez países votaram favoravelmente à manutenção das forças de paz até outubro de 2010. O Brasil é candidato a um assento permanente, caso seja ocorra reforma no órgão.

A discussão sobre a reforma no conselho é constante e não tem prazo para ser encerrada. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveita as oportunidades que tem para defender a reforma, e os diplomatas brasileiros mantêm o assunto em pauta.

A participação em operações de paz desde 1956 - o Brasil totaliza mais de 30 operações - é uma das credenciais brasileiras, além das questões econômicas e políticas, para atuar no Conselho de Segurança da ONU. O Brasil faz parte do órgão como membro eleito desde 1946.

O fato de o Brasil estar à frente da missão de paz no Haiti, desde 2004, fortalece a posição brasileira em defesa da reforma do Conselho de Segurança. No total, são 17 países que integram a missão e mais 41 colaboram com técnicos e agentes civis. O principal objetivo da missão é restabelecer a ordem e a tranquilidade na região, estimulando o treinamento da polícia local. A previsão é treinar 14 mil policiais.

Porém, apesar do esforço da missão, os negociadores que acompanham o trabalho no Haiti não asseguram que há meios para garantir a realização as eleições no país neste fim de ano. De acordo com os diplomatas brasileiros, a presença da Minustah ajuda a garantir um ambiente seguro para as eleições.

Agência Brasil Agência Brasil
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