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Indicado a diretor da Abin: pós-Satiagraha foi constrangedor

14 out 2009 - 11h05
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Marina Mello
Direto de Brasília

Indicado para assumir o cargo de diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Wilson Roberto Trezza, afirmou nesta quarta-feira que o período pós-Operação Satiagraha, da Polícia Federal (PF), foi a "maior prova" e a fase mais "constrangedora" para os profissionais da área de inteligência de todo o País.

Trezza, que ocupa interinamente o cargo de diretor-geral desde o afastamento de Paulo Lacerda - alvo de denúncias relacionadas à Satiagraha -, participa hoje de sabatina na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado. Sua efetivação no cargo só ocorrerá se for aprovada pelos senadores membros da CRE.

O diretor fez um histórico de seu currículo e de sua trajetória quase sempre voltada para o trabalho na inteligência até chegar ao momento em que assumiu a direção da Abin no momento complicado em que a agência enfrentou críticas de que seus agentes eram "espiões" e "arapongas" por causa da Satiagraha.

"No segundo semestre de 2008, a Abin passou por sua maior prova, por razões conhecidas por todos, a agencia foi alvo de críticas, de uma campanha na imprensa", disse.

"Foi preciso que os profissionais demonstrassem união e confiança em seu dirigente, que no caso fui eu. Foi um dos meus maiores desafios, oferecer tranquilidade aos servidores da Abin para eles entenderem que, de fato, eles não fazem parte deste processo que tentaram impingir nos profissionais de inteligência", afirmou.

Segundo ele, uma das situações mais difíceis foi quando a Abin foi alvo de operações de busca e apreensão feitas pela PF.

"Neste período, nós tivemos que responder a questionamentos de duas CPIs, a cinco inquéritos policiais e passar ainda pela situação altamente constrangedora de ser objeto de duas atividades de busca e apreensão", disse.

Fonte: Redação Terra
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