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Piranhas atacam 15 banhistas em praia do rio Tietê em SP

5 out 2009 - 16h04
(atualizado às 18h11)
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Chico Siqueira
Direto de Araçatuba

A prefeitura de Adolfo, interior de São Paulo, anunciou nesta segunda-feira que está instalando uma rede submersa e placas de sinalização na orla para evitar novos ataques de piranhas, que causaram ferimentos em pelo menos 15 banhistas neste domingo na prainha do rio Tietê, no município.

As piranhas arrancaram pequenos pedaços dos pés e pernas dos banhistas, principalmente crianças, que brincavam na parte rasa e ficaram assustadas. "A gente vem para passar bons momentos e acaba vendo essas cosias", disse a vendedora Regina Maturelli, cujo filho, Rodrigo, 12 anos, sofreu um corte no pé causado por uma mordida de piranha. "Isso aqui doeu muito", disse o menino.

As piranhas também atacaram os adultos. "Elas morderam meu calcanhar. Quando percebi, senti a dor e vi o sangue escorrendo", disse o eletricista Nilson de Morais. "Doeu bastante. Por isso, não entrei mais na água."

De acordo com o vice-prefeito de Adolfo, Nelson Gimenez (PP), os banhistas são avisados da possibilidade de ataques de piranhas assim que chegam na portaria da prainha e recebem as orientações para evitar a água antes de entrar na orla da praia.

De acordo com Gimenez, a prefeitura libera a praia para que os banhistas possam usar os equipamentos de lazer, como quiosques e churrasqueiras, mas avisa que se entrar na água a pessoa pode ser atacada por piranhas.

Para evitar os ataques, segundo Gimenez, a prefeitura coloca uma rede na orla onde os banhistas costumam nadar. "O problema é que alguns levantam a rede ou abaixam-na, possibilitando que as piranhas passem por cima ou por baixo dela", explicou.

Segundo ele, a rede protege em 90% a entrada de piranhas na área destinada aos banhistas. "O que aconteceu neste fim de semana foi que a chuva trouxe uma grande moita de mato, que acabou rasgando a rede, fazendo um buraco enorme, por onde as piranhas entraram", disse.

Ainda de acordo com Gimenez, as piranhas procuram a praia entre novembro e março para desovar na areia quente da parte mais rasa do rio. "Sempre avisamos os turistas que nesta época do ano as piranhas vêm para a praia para desovar na areia", disse. "Para evitar esses ataques, estamos instalando outra rede, de 1,5 m de altura por 120 m de comprimento, o suficiente para tentar impedir a entrada de cardumes de piranhas na área dos banhistas."

Além da rede, segundo Gimenez, a prefeitura vai colocar um barco com um monitor para impedir que banhistas retirem a rede de lugar e colocar placas na praia, avisando sobre as piranhas.

Segundo Gimenez, a praia recebe centenas de turistas que são orientados a procurar o posto de saúde da cidade em caso de acidente, mas um posto de enfermagem é instalado na praia em alta temporada.

Fonte: Especial para Terra
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