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Leoa morre no zoo de Goiânia; número de óbitos chega a 76

25 set 2009 - 22h32
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Márcio Leijoto
Direto de Goiânia

Uma leoa fêmea morreu hoje à tarde no Parque Zoológico de Goiânia, elevando para 76 o número de óbitos no estabelecimento neste ano. O animal havia sido anestesiado superficialmente pela manhã para realização de exame de ultrassom e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Os veterinários não conseguiram fazer a reanimação.

Leona, como era chamada, havia chegado já adulta ao zoológico em 1992. Ela havia sido abandonada por um circo no Rio de Janeiro. A necropsia mostrou que ela tinha cicatrizes nas costelas e no baço, que indicam maus-tratos na época em que vivia no circo. O diretor do parque, Raphael Cupertino, disse que a causa da morte pode estar ligada às massas encontradas na região abdominal da leoa, provavelmente tumores.

Em junho deste ano, o animal havia passado por uma cirurgia para a retirada de um dente que havia infeccionado parte da boca e feito com que Leona se recusasse a se alimentar. Desde então, ela começou a perder peso significativamente.

O corpo do animal foi encaminhado ainda ontem para a Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás (UFG) para necropsia. No começo do ano, outro leão havia morrido após um procedimento anestésico. Descobriu-se depois que o animal também tinha câncer.

Agora o zoológico tem apenas dois leões - um macho com mais de 10 anos de idade e uma fêmea, com menos de 10 anos de idade e com uma deficiência na pata traseira.

O parque foi interditado pelo Ibama-GO no dia 20 de julho, quando o número de mortes estava em 49. Na próxima semana está prevista a assinatura de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público Estadual e Federal, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma), a direção do zoológico e o Ibama-GO para melhorias no local.

A direção do parque também pretende entregar em até 20 dias um cronograma de exames preventivos em todo o plantel, para saber quais animais estão doentes ou não. Só após estes exames e as reformas exigidas pelo Ministério Público é que o parque será aberto, o que não deve acontecer neste ano.

Fonte: Especial para Terra
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