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Cidades

SC: cadela leva 3 tiros em presídio; agentes são suspeitos

24 set 2009 - 20h38
(atualizado em 25/9/2009 às 00h20)
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Fabrício Escandiuzzi
Direto de Florianópolis

Uma cachorra sobreviveu após levar três tiros no interior da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, a maior do Estado de Santa Catarina. Dois agentes prisionais estão sendo investigados por uma sindicância interna e foram apontados como os possíveis autores dos disparos.

Pituca foi atingida por três disparos
Pituca foi atingida por três disparos
Foto: Fabrício Escandiuzzi / Especial para Terra

O caso ocorreu no último final de semana e levou à abertura de uma investigação na Corregedoria da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania. A cadelinha, chamada Pituca, que morava no local e era cuidada pelos funcionários do próprio presídio, foi encontrada ferida na manhã da segunda-feira.

Através de denúncias dos próprios servidores do complexo prisional, foi apurado que dois agentes teriam efetuado cinco disparos em direção ao animal. De acordo com a denúncia feita junto à Corregedoria, os suspeitos teriam atirado em Pituca durante um treinamento de tiro. Em seguida, ela foi abandonada ferida no pátio.

O diretor do Departamento de Administração Prisional de Santa Catarina, Hudson Queiroz, disse estar "perplexo e revoltado com crueldade dos agentes". Os dois servidores apontados como suspeitos foram identificados e a investigação irá apurar se foram os autores dos tiros.

"Mandei que se apresentassem e entregassem as armas. Isso é um ato selvagem e que deve ser punido com todo o rigor", disse Queiroz. "Essa brutalidade não condiz com a categoria e com os treinamentos que os agentes recebem para exercer a função", completou.

Pituca passou por uma cirurgia e segue recebendo cuidados em uma clínica veterinária da região metropolitana de Florianópolis. Os três projéteis atravessaram o corpo do animal. Apesar de conseguir ficar em pé, a cachorra ainda se recupera de uma infecção.

"Ela foi alvejada, passou por uma cirurgia e a princípio está se recuperando bem. O que preocupa é o quadro de infecção", disse o veterinário Mateus Rychescki, um dos que atuaram na cirurgia. "Os próximos dias serão cruciais para que ela não corra mais nenhum risco de morte", afirmou.

Fonte: Especial para Terra
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