Milícia da Baixada planejava matar autoridades do Rio
A milícia "Ponte do Jura", que atuava na Baixada Fluminense e teve pelo menos sete integrantes presos nesta quinta-feira, tinha planos de matar um delegado, um oficial da Corregedoria da Polícia Militar (PM) e um político. As informações constam no relatório da CPI das Milícias da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Ainda segundo o relatório, o grupo paramilitar teria ligações com a "Liga da Justiça", milícia que atua na zona oeste carioca.
Segundo o documento, o grupo cobrava taxas de segurança entre R$ 20 a R$ 30 dos moradores, R$ 20 a R$ 40 do comércio, R$ 30 das barracas, R$ 10 a R$15 dos distribuidores de água, R$ 50 de instalação de TV a cabo e R$ 25 de mensalidade.
Para forçar o pagamento, a quadrilha realizaria assaltos e ameaças aos comerciantes e em suas residências. A área de atuação seria nas localidades de Comendador Soares, Jardim Nova Era, Jardim Pernambuco, Palhada e Rosa dos Ventos, todas em Nova Iguaçu.
De acordo com a CPI, o grupo contaria com cerca de 70 integrantes, sendo dois policiais civis e seis PMs, além do acusado de ser líder, o cabo da PM, Juracy Alves Prudêncio. Os milicianos usariam pistolas, fuzis e metralhadoras.