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Política

Mesmo se inocentado, Palocci não deve voltar à equipe de Lula

26 ago 2009 - 16h00
(atualizado às 19h14)
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Laryssa Borges

Direto de Brasília

Ainda que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida amanhã livrar o deputado Antonio Palocci (PT-SP) da acusação de ter ordenado a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, a Presidência da República não trabalha com a hipótese de ter o ex-ministro da Fazenda de volta ao primeiro escalão do governo Lula.

Assessores de Lula dizem ser preciso ver pesquisas que apontem a viabilidade da candidatura dele
Assessores de Lula dizem ser preciso ver pesquisas que apontem a viabilidade da candidatura dele
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

De acordo com auxiliares diretos do presidente, não existe a hipótese de ele assumir a Secretaria de Relações Institucionais em substituição a José Múcio Monteiro pelo fato de Palocci ter demonstrado interesse mais forte em disputar o governo de São Paulo em 2010.

José Múcio é o nome indicado por Lula para integrar os quadros do Tribunal de Contas da União (TCU), mas sua saída está vinculada ao governo encontrar um substituto para o posto. Auxiliares apostam em um desfecho do caso ainda esta semana.

A despeito de não voltar ao Executivo federal, para que Antonio Palocci possa ter chance de ser alçado ao Palácio dos Bandeirantes, assessores de Lula dizem ser preciso ver pesquisas que apontem a viabilidade da candidatura dele, ainda que inocentado pelo STF.

Fontes da Presidência da República observam que a população não tem aceitação imediata ao futuro candidato apenas pelo fato de Palocci ter sido chefe da Fazenda e avaliam que é preciso mensurar as chances do ex-ministro.

Pessoalmente, o presidente Lula prefere que o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) seja o nome da base governista para a corrida a governador de São Paulo. Ciro, no entanto, está reticente à disputa e diz preferir ser postulante à Presidência da República em 2010.

O Supremo Tribunal Federal irá decidir, a partir das 14h de quinta-feira, se recebe denúncia contra Antonio Palocci por participação na quebra do sigilo bancário do então caseiro Francenildo Costa.

Em 2006, os dados bancários de Francenildo se tornaram públicos após ele confirmar que Palocci frequentava uma mansão em Brasília onde ocorriam supostas divisões de propina referentes a negócios ilegais em Ribeirão Preto, cidade cuja prefeitura foi comandada pelo ex-ministro da Fazenda.

Fonte: Terra
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