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Palocci vê fim da crise global e defende Estado menor no Brasil

25 ago 2009 - 13h14
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O deputado e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP) elogiou a condução da política econômica do governo Lula na atual crise global e defendeu um Estado brasileiro menor após os avanços na política macroeconômica conquistados nos últimos anos.

"Devemos ter um esforço de previsão fiscal de longo prazo para que o Estado brasileiro tenha um tamanho adequado. É factível um Estado menor não no curto prazo, mas em 10 anos", disse Palocci em discurso durante um evento do setor produtor de aço em São Paulo.

Na próxima quinta-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir se aceita denúncia contra Palocci pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Dependendo do resultado, o ex-ministro deve definir suas pretensões em relação às eleições de 2010, tendo a disputa pelo governo paulista como uma das mais fortes possibilidades.

No discurso desta manhã, Palocci afirmou que o Brasil está caminhando para ter juros de padrão internacional nos próximos anos e que o país poderá manter esse patamar baixo após a recuperação das economias globais.

Para o ex-ministro, a crise financeira internacional já acabou, mas ainda há incertezas sobre o crescimento dos Estados Unidos e da Europa e sobre o papel da China na sustentação da economia global.

Palocci argumentou que apenas Brasil e China deveriam fazer parte do chamado Bric —formado também por Rússia e Índia.

"Acho que o Bric deveria ser reduzido a dois: China e Brasil. A China é maior e o Brasil é melhor. O país soube lidar com a crise com uma política econômica expansionista. Foi a primeira crise que o país enfrentou sem elevar juros", disse.

CÂMBIO

Palocci afirmou ainda que "há pouco o que se fazer" sobre a queda do dólar frente ao real, impulsionada pela entrada de investimentos externos e por juros ainda elevados no país.

"Não acho que funciona (barreiras para entrada de capital externo) para conter o câmbio... Acho que vamos ter que buscar juros menores, melhoria da situação fiscal e aumento da produtividade."

(Por Alberto Alerigi Jr.)

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