PUBLICIDADE

MP pede quebra de sigilo de empresas ligadas à Universal

18 ago 2009 - 21h50
(atualizado às 22h01)
Compartilhar

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), pediu à Justiça a quebra do sigilo fiscal e bancário de empresas ligadas à Igreja Universal do Reino de Deus, segundo reportagem do Jornal Nacional desta terça-feira. Ontem, a igreja entrou com um pedido de abertura de sindicância para que seja investigada a conduta dos promotores no caso. O Jornal da Record afirmou hoje que a emissora do grupo de Edir Macedo confia na Justiça brasileira.

A Globo e a Record têm trocado ataques desde quarta-feira passada, quando a emissora da Universal resolveu responder às acusações do dia anterior, por ter considerado que a concorrente deu destaque excessivo ao fato da Justiça paulista ter acatado a denúncia por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Os acusados usariam as doações dos fiéis para benefício próprio.

Nesta terça-feira, a Record deu trégua nos ataques, lendo apenas uma nota de defesa. A Globo levou ao ar uma reportagem de pouco mais de 3 minutos, sobre supostas irregularidades envolvendo empresas ligadas à Universal, mas sem citar o nome da concorrente.

Segundo o Jornal Nacional, analistas da Secretaria da Fazenda de São Paulo encontraram 36 empresas ligadas direta ou indiretamente à igreja de Edir Macedo. A investigação teria se concentrando em empresas de um prédio de São Paulo: Uni Participações, Unitemple Universal, Unimetro Empreendimentos, Cremo e Life Empresarial Saúde, informou o telejornal.

Para Unimetro, a Igreja Universal teria transferido R$ 19 milhões. O repórter da TV Globo foi ao prédio, mas não encontrou a empresa. Funcionários do local afirmaram que a companhia nunca existiu no endereço. O mesmo foi dito com relação à Uni Participações. O relatório dos auditores afirma que há fortes indícios de que todas as empresas pertencem a uma mesma organização.

A Cremo teria sido a que mais recebeu depósitos da Universal (R$ 52 milhões). Funcionários da empresa afirmaram ao Jornal Nacional que não tinham autorização para dar entrevistas.

O telejornal diz ter procurado outras três empresas acusadas pela promotoria de participar do esquema de desvio de doações, mas não foram encontradas nos locais apontados pela auditoria.

Os auditores também levantaram 44 pessoas físicas. A maioria delas não apresentaria renda compatível com a movimentação financeira declarada. A lista de nomes inclui os dez réus no processo aberto para apurar lavagem de dinheiro e formação de quadrilha na Universal. A igreja nega as acusações.

Fonte: Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade