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Política

Collor se reúne com Lula 1 dia após bate-boca com Simon

6 ago 2009 - 09h03
(atualizado às 09h06)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu na noite de terça-feira o senador Fernando Collor (PTB-AL). O encontro, que não foi divulgado na agenda oficial do Planalto, ocorreu um dia depois do bate-boca travado entre o ex-presidente da República e o senador Pedro Simon (PMDB-RS) em Plenário. As informações são do jornal O Globo.

Presidente Lula é abraçado pelo ex-presidente e senador Fernando Collor, durante evento em Alagoas
Presidente Lula é abraçado pelo ex-presidente e senador Fernando Collor, durante evento em Alagoas
Foto: Helvio Romero / Agência Estado

De acordo com a publicação, setores do PT consideram inoportuna a reunião entre Lula e Collor no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência. Algus petistas teriam inclusive falado com o chefe de gabinete de Lula, Gilberto Carvalho.

Assessores de Lula alegam que, embora a audiência não constasse na agenda, o encontro estava previsto há 15 dias e não poderia ser desmarcado. A informação oficial é de que os dois conversaram sobre a entrada da Venezuela no Mercosul. Collor é contrário à medida.

O bate-boca

Simon, Collor e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), travaram um intenso bate-boca na sessão plenária de segunda-feira, depois que o senador gaúcho voltou a defender a renúncia de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado.

Calheiros acusou Simon de sempre falar mal do presidente da Casa, afirmando que o colega desejou fazer parte da chapa de Tancredo Neves no processo da transição democrática e acabou perdendo a oportunidade porque Sarney foi o escolhido.

Durante a discussão, Simon afirmou que Calheiros teria feito um acordo com Collor na China, quando ele era presidente da República, e depois o abandonou na véspera do impeachment.

Collor, visivelmente irritado, tomou a palavra e mandou Simon "engolir" suas palavras e ameaçou relembrar fatos "talvez extremamente incômodos" sobre o peemedebista. "Peço a Vossa Excelência, com todo o respeito (...) e como sempre o tratei, que, por gentileza, evite pronunciar o meu nome nesta Casa, porque a próxima vez que eu tiver que pronunciar o nome de Vossa Excelência nesta Casa, provocado por alguma palavra mal posta desta tribuna, ou da sua poltrona, gostaria de relembrar alguns fatos, alguns momentos, talvez extremamente incômodos, mas que eu acho que seria de muito interesse da Nação brasileira conhecer", ameaçou Collor.

Simon disse que depois da fala de Collor foi questionado por colegas se ele havia notado que o ex-presidente estava "com um olhar muito tenso". "Quando ele entrou no Senado ele já estava com o olhar tenso. E eu não disse nada com relação a ele", afirmou Simon.

O senador gaúcho entrou com um pedido de interpelação no Conselho de Ética para que Collor explique a que "fatos incômodos" se referia.

Fonte: Terra
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