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Política

Simon se defende de insinuações feitas por Calheiros

5 ago 2009 - 15h50
(atualizado às 21h58)
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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) se defendeu nesta quarta-feira das insinuações feitas pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), durante bate-boca ocorrido na última segunda-feira. O senador alagoano questionou no Plenário sobre um suposto envolvimento entre Simon e a importação de carne irregular no País na década de 80 e com a instituição comunitária de crédito Portosol.

Pedro Simon discutiu com o líder do PMDB, Renan Calheiros, em Plenário
Pedro Simon discutiu com o líder do PMDB, Renan Calheiros, em Plenário
Foto: Geraldo Magela / Agência Senado

Em nota, Simon negou que tenha relação com a importação de carne contaminada de Chernobil, na Ucrânia, então pertencente à extinta União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). Ele afirmou que exerceu o cargo de ministro da Agricultura até 14 de fevereiro de 1986, dois mesesantes do acidente nuclear da usina da cidade ucraniana. Portanto, não teriaresponsabilidade sobre a compra.

Sobre a Portosol, Simon informou que seu filho, Tiago Chanan Simon, foi presidente da empresa, uma instituição comunitária de crédito, sem finslucrativos, com sede em Porto Alegre, no período de 2006 a 2008, porindicação do governo do Rio Grande do Sul. Simon acrescentou,conforme a nota, que seu filho exerceu o cargo sem remuneração.

O bate-boca

Simon, Collor e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), travaram um intenso bate-boca na sessão plenária de segunda-feira, depois que o senador gaúcho voltou a defender a renúncia de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado.

Calheiros acusou Simon de sempre falar mal do presidente da Casa, afirmando que o colega desejou fazer parte da chapa de Tancredo Neves no processo da transição democrática e acabou perdendo a oportunidade porque Sarney foi o escolhido.

Durante a discussão, Simon afirmou que Calheiros teria feito um acordo com Collor na China, quando ele era presidente da República, e depois o abandonou na véspera do impeachment.

Collor, visivelmente irritado, tomou a palavra e mandou Simon "engolir" suas palavras e ameaçou relembrar fatos "talvez extremamente incômodos" sobre o peemedebista. "Peço a Vossa Excelência, com todo o respeito (...) e como sempre o tratei, que, por gentileza, evite pronunciar o meu nome nesta Casa, porque a próxima vez que eu tiver que pronunciar o nome de Vossa Excelência nesta Casa, provocado por alguma palavra mal posta desta tribuna, ou da sua poltrona, gostaria de relembrar alguns fatos, alguns momentos, talvez extremamente incômodos, mas que eu acho que seria de muito interesse da Nação brasileira conhecer", ameaçou Collor.

Simon disse que depois da fala de Collor foi questionado por colegas se ele havia notado que o ex-presidente estava "com um olhar muito tenso". "Quando ele entrou no Senado ele já estava com o olhar tenso. E eu não disse nada com relação a ele", afirmou Simon.

O senador gaúcho entrou com um pedido de interpelação no Conselho de Ética para que Collor explique a que "fatos incômodos" se referia.

Agência Brasil Agência Brasil
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