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Política

Simon vai à corregedoria para que Collor se explique

4 ago 2009 - 22h14
(atualizado às 22h59)
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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse nesta terça-feira que entrou com uma solicitação para que a Corregedoria do Senado interpele o senador Fernando Collor (PTB-AL). Simon quer que Collor dê explicações sobre as declarações que fez no Plenário na segunda-feira. O ex-presidente da República afirmou que poderia divulgar "fatos incômodos" sobre o parlamentar gaúcho.

Visivelmente irritado, Collor disse para Simon "engolir" suas palavras
Visivelmente irritado, Collor disse para Simon "engolir" suas palavras
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

Collor, no entanto, evitou divulgar os tais fatos em Plenário. "Eu disse: 'então fale'. E ele disse: 'falarei quando eu quiser'", lembrou Simon. Segundo o peemedebista, o corregedor do Senado, Romeu Tuma (PTB-SP), deverá pronunciar Collor para que esclareça a situação.

Simon, Collor e o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), travaram um intenso bate-boca na sessão plenária de segunda-feira, depois que o senador gaúcho voltou a defender a renúncia de José Sarney (PMDB-AP) da presidência do Senado.

Calheiros acusou Simon de sempre falar mal do presidente da Casa, afirmando que o colega desejou fazer parte da chapa de Tancredo Neves no processo da transição democrática e acabou perdendo a oportunidade porque Sarney foi o escolhido.

Durante a discussão, Simon afirmou que Calheiros teria feito um acordo com Collor na China, quando ele era presidente da República, e depois o abandonou na véspera do impeachment.

Collor, visivelmente irritado, tomou a palavra e mandou Simon "engolir" suas palavras e ameaçou relembrar fatos "talvez extremamente incômodos" sobre o peemedebista. "Peço a Vossa Excelência, com todo o respeito (...) e como sempre o tratei, que, por gentileza, evite pronunciar o meu nome nesta Casa, porque a próxima vez que eu tiver que pronunciar o nome de Vossa Excelência nesta Casa, provocado por alguma palavra mal posta desta tribuna, ou da sua poltrona, gostaria de relembrar alguns fatos, alguns momentos, talvez extremamente incômodos, mas que eu acho que seria de muito interesse da Nação brasileira conhecer", ameaçou Collor.

Simon disse que depois da fala de Collor foi questionado por colegas se ele havia notado que o ex-presidente estava "com um olhar muito tenso". "Quando ele entrou no Senado ele já estava com o olhar tenso. E eu não disse nada com relação a ele", afirmou Simon.

Com informações da Agência Brasil.

Fonte: Terra
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