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Política

Verba de ONG teria ido para contas da família Sarney

30 jul 2009 - 08h26
(atualizado às 08h32)
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Investigado pela Polícia Federal (PF), o Instituto Mirante, ONG presidida por Fernando Sarney, teria desviado para as contas da família cerca de R$ 116 mil de um total de R$ 220 mil recebidos da Eletrobrás para financiar projetos culturais no Maranhão, com base na Lei Rouanet. Fernando Sarney é filho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). As informações são do jornal O Globo desta quinta-feira.

De acordo com a reportagem, o instituto teria usado empresas ligadas à família Sarney para justificar o uso dos recursos. A TV Mirante teria emitido recibos no valor de R$ 67 mil, a título de venda de publicidade para os dois projetos. A Rádio Mirante teria recebido R$ 7,2 mil, e a Gráfica Escolar, R$ 6 mil. A Associação dos Amigos do Bom Menino das Mercês (Abom), uma das ONGs da família suspeitas de desviar recursos públicos, emitiu duas notas no valor total de R$ 9 mil.

O jornal O Globo informou ainda que auditores do Ministério da Cultura (MinC) descobriram que parte dos gastos declarados pela ONG não confere com os extratos bancários do instituto. O caso deve ser levado ao Tribunal de Contas da União (TCU) pelo ministério.

O ex-diretor-executivo do Instituto Mirante Diogo Adriano, afirmou que o fato de as empresas beneficiadas serem da família Sarney foi apresentado ao Ministério, que, segundo ele, disse não haver problema. O advogado Eduardo Ferrão, que defende Fernando Sarney, disse não conhecer os documentos do MinC.

Fonte: Terra
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