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Política

Filho de Sarney seria operador dos negócios políticos da família

23 jul 2009 - 05h01
(atualizado às 06h43)
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O empresário Fernando Sarney, filho do presidente do Senado José Sarney (PMDB-AP), seria um operador atuante nos negócios políticos da família, segundo revela a edição desta quinta-feira do jornal Estado de S. Paulo.

Segundo o jornal, um dos alvos preferidos de Fernando seria o setor elétrico. Alguns dos seus interlocutores mais freqüentes seriam o diretor da Eletrobrás Astrogildo Quental e o assessor do ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, Antonio Carlos Lima, o Pipoca.

Nas gravações, interceptadas pela Polícia Federal como parte da Operação Boi Barrica, Fernando aparece falando de transações financeiras com o irmão deputado Zequinha Sarney (PV-MA). Segundo o jornal, Fernando alerta Zequinha que o valor de um "negócio quente" seria de 900 mil reais. Com o irmão, Fernando também falava de pesquisas eleitorais e a cobertura dos veículos de mídia da família.

Segundo o Estado, Fernando atendia e efetuava uma média de 150 chamadas por dia em seu celular. Entre as chamadas, estão reuniões marcadas com Astrogildo Quental, diretor da Eletrobrás, e o ex-senador Maguito Vilela, então vice-presidente do Banco do Brasil. Ambos os cargos teriam sido por indicação de José Sarney. As reuniões envolveriam negociações para nomear pessoas para cargos. O jornal também afirma que Fernando seria uma "central" de solução de problemas, como questões judiciais que impediam uma instalação de usina termoelétrica nas imediações do Porto de Itaqui, no Maranhão.

Fonte: Terra
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