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Política

Senador deixa disputa por presidência do Conselho de Ética

15 jul 2009 - 13h38
(atualizado às 13h44)
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Keila Santana

Direto de Brasília

Os aliados do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), venceram a primeira disputa pelo comando do Conselho de Ética do Senado - órgão que vai analisar o pedido de três processos de cassação por quebra de decoro contra o presidente do Senado.

O senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), lançado pelo PT como candidato à presidente do Conselho pediu para sair do colegiado. Valadares disse que não é mais consenso dentro da base do governo, por isso preferiu ser substituído na composição.

O líder do PMDB, Renan Calheiros (AL) deseja ver como presidente do colegiado um nome mais fiel ao partido e ao senador José Sarney. A aposta é o senador Paulo Duque (PMDB-RJ). O nome dele ainda não foi confirmado. As negociações vão continuar para que o Conselho de ética seja instalado hoje e a oposição libere a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, que permite o início do recesso parlamentar.

O senador Antonio Carlos Valadares evita polemizar e disse que solicitou a substituição para evitar que a crise que atinge a imagem do Senado se agrave. "Aqui é uma casa política, mas o conselho deve se basear não apenas no regimento, mas também num julgamento que chegue mais perto da realidade. O mais adequado seria a escolha do presidente e do vice do conselho por decisão consensual", disse.

O senador Renato Casagrande (PSB-ES), do mesmo partido de Valadares, não concorda com a blindagem ao senador José Sarney e se disse do lado da oposição na obstrução à Lei de Diretrizes Orçamentárias. Casagrande disse que a escolha de um presidente do Conselho alinhado com o PMDB pode piorar as relações no Senado. "Está claro que tem o objetivo de blindar e já ter um resultado antes da avaliação do processo. Os indícios são ruins", afirmou.

O senador Renato Casagrande avisa aos colegas governistas que a crise pode se agravar. "É importante alertar o grupo que está comandando o senado que se pesar a mão pode azedar de vez o clima no Senado. É importante que haja um equilíbrio. No conselho de ética, as pessoas não podem ir para lá já tendo uma posição pró ou contra o senador Sarney", disse.

Fonte: Especial para Terra
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