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Política

Virgílio protocola 2ª representação contra Sarney no Conselho

14 jul 2009 - 15h29
(atualizado às 15h48)
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Keila Santana

Direto de Brasília

O Conselho de Ética ainda nem começou a funcionar e recebeu outra denúncia contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio protocolou uma segunda representação por quebra de decoro, desta vez sob o argumento de que Sarney mentiu em Plenário ao dizer que não tinha responsabilidade administrativa sobre a fundação que leva o nome dele no Maranhão.

Segundo Virgílio, a informação de Sarney contradiz o fato do peemedebista ser o presidente vitalício da instituição, com poder de veto e tarefa de assumir a parte financeira e ainda representá-la em juízo.

O senador Arthur Virgílio afirma que existe jurisprudência no Senado de cassação por mentira. "Temos como exemplo a cassação do ex-senador Luiz Estevão (em junho de 2000) pelo mesmo motivo, de ter faltado com a verdade em suas declarações ao Plenário do Senado", afirma Virgílio.

O senador José Sarney foi denunciado ao Conselho de Ética pelo Psol e pelo líder do PSDB. As duas ações acusam Sarney de quebrar o decoro pela existência de 663 atos secretos, que beneficiaram pelo menos 15 pessoas ligadas ao presidente do Senado.

Reportagens publicadas pela imprensa mostram que a Fundação José Sarney teria repassado parte de R$ 1,3 milhão, recebido em 2005, a empresas fantasmas e de parentes do atual presidente do Senado.

Em Plenário, Sarney afirmou que não tem "responsabilidade administrativa" na Fundação. Porém, de acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, o estatuto da entidade indica Sarney como presidente vitalício, com poder de veto, e presidente o Conselho Curador, que indica o Conselho Fiscal, responsável pelas contas da fundação.

Fonte: Especial para Terra
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