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Política

CPI: base define Jucá como relator e João Pedro presidente

14 jul 2009 - 14h30
(atualizado às 15h23)
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A base aliada fechou um acordo para indicação dos cargos de direção da CPI da Petrobras. Para a relatoria da comissão, o indicado foi o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e, para presidência, João Pedro (PT-AM).

A informação foi dada por Jucá, que pretende apresentar o plano de trabalho para a CPI somente na primeira quinzena de agosto. "Vou fazer um plano de trabalho para apresentar na primeira quinzena de agosto. Fui surpreendido pela escolha, só fui comunicado hoje", disse Jucá.

Com a instalação da comissão, começa a apresentação de requerimentos, que poderão ser feitos inclusive durante o período de recesso parlamentar. O líder do governo, no entanto, considera mais prudente que os integrantes da CPI aguardem a apresentação do seu plano de trabalho.

O Regimento Interno do Senado permite a apresentação dos requerimentos independentemente da proposta de trabalho do relator. Por isso, comentou Jucá, "é como diz o ditado: você apresenta o que quiser e leva o que puder".

Antes mesmo de ser criada, a CPI para investigar a Petrobras e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foi motivo de uma longa e acirrada queda-de-braço no plenário da Casa.

Presidindo a sessão do dia 14 de maio, o senador Heráclito Fortes (DEM-PI) se recusou a fazer a leitura do requerimento de instalação da CPI no Plenário. O pedido de instalação do requerimento n° 569 de 2009, do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), em meados daquele mês, teria quebrado um acordo de líderes pelo arquivamento do pedido. A reunião aconteceu sem nenhum tucano, já que o PSDB não enviou representantes.

A disputa provocou um racha entre o DEM e o PSDB na Casa Legislativa. O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que Fortes "manchou sua biografia" ao não ler o requerimento da CPI. A segunda-vice presidente do Senado, Serys Slhessarenko (PT-MT), foi chamada para encerrar a sessão. Membros do PSDB invadiram a mesa diretora e deram prosseguimento à sessão. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou "quero ver quem me tira daqui". Os microfones foram cortados.

No dia seguinte, o vice-presidente do Senado, Marconi Perillo (PSDB-GO), autorizou a leitura do requerimento. Estava criada, na prática, a CPI da Petrobras.

Desde então, membros da bancada governista tem boicotado o início dos trabalhos da CPI mantendo quorum abaixo do mínimo. Membros da oposição chegaram a sugerir que as sucessivas denúncias de irregularidades administrativas e a consequente desmoralização da Casa vai ao encontro do interesse do governo em não dar prosseguimento às investigações.

Agência Brasil Agência Brasil
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