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Polícia

PF apreende R$ 2,1 mi em operação contra contrabando de luxo

14 jul 2009 - 10h28
(atualizado em 15/7/2009 às 09h17)
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Polícia Federal, Receita Federal e Ministério Público Federal realizaram nesta terça-feira, em São Paulo, uma operação conjunta para combater a importação fraudulenta de artigos de luxo. Os agentes buscaram provas sobre o esquema na região dos Jardins, onde fica a sede da Tânia Bulhões Home, que seria a principal beneficiada pelo esquema. Foram apreendidos cerca de R$ 2,1 milhões.

Polícia Federal apreendeu R$ 600 mil em dinheiro
Polícia Federal apreendeu R$ 600 mil em dinheiro
Foto: PF/SP / Divulgação

A Operação Porto Europa cumpriu sete mandados de busca e apreensão em três lojas e duas casas dos supostos beneficiados, além de dois escritórios de contabilidade. No total, foram apreendidos R$ 600 mil em dinheiro e R$ 1,5 milhão em cheques.

Além do dinheiro, a PF reteve um automóvel Mercedes Benz F500 blindado no valor aproximado de R$ 500 mil, três computadores de grande porte (servidores), seis discos rígidos, notebooks, pen drives e milhares de documentos que comprovariam as ações do grupo. Não foram expedidos mandados de prisão pela Justiça Federal e não houve prisões em flagrante.

Segundo informações da Receita, foi possível identificar, a partir dos documentos apreendidos, que, além das fraudes já detectadas, as lojas faziam vendas ao consumidor sem emitir notas fiscais.

A operação também localizou, na residência dos suspeitos, ações ao portador que apontam para a existência de offshores nas Ilhas Virgem, o que caracterizaria o crime de evasão de divisas. Os documentos ainda serão analisados para comprovar se houve realmente alguma operação ilegal nas remessas.

Operações fictícias

De acordo com as investigações, iniciadas há um ano, a fraude beneficiaria a grupo empresarial paulistano, especializado em decoração e perfumaria. Foram levantadas as atividades dos suspeitos relativas aos anos de 2004, 2005 e 2006. Os principais crimes atribuídos ao grupo são evasão de divisas, descaminho, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Segundo a PF, o grupo usava empresas e operações fictícias de compra e venda para a realização de importações com valores subfaturados em até 70%. Os produtos eram oriundos, em sua maioria, da Europa e chegavam ao Brasil por via marítima.

De acordo com a Receita, os fraudadores usavam nas operações pessoas que emprestavam ou tinham o nome utilizado indevidamente - os chamados laranjas. A quadrilha possuía ramificação nos Estados Unidos. Duas empresas exportadoras de fachada, com endereço em Miami, tinham envolvimento com o grupo.

O nome delas seria usado para substituir o real importador e os reais fornecedores dos produtos de luxo. Assim, o grupo conseguia ocultar da Receita Federal tanto os reais beneficiários quanto os verdadeiros valores da operação.

O

Terra

não conseguiu contato com nenhum representante da Tânia Bulhões Home para comentar.

Fonte: Terra
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