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Política

Filho do deputado do castelo não xingou relator, diz advogado

18 jun 2009 - 13h43
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Marina Mello

Direto de Brasília

O advogado Sérgio Santos Rodrigues, que representa o deputado Edmar Moreira (Sem partido-MG) e o filho dele, deputado estadual, Leonardo Moreira - negou que o filho de Edmar tenha xingado o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI). Fonteles foi o relator do processo contra Edmar no Conselho de Ética e recomendou, na quarta-feira, a perda do mandato do deputado mineiro.

O deputado Edmar Moreira chorou ao fazer a sua defesa no Conselho de Ética
O deputado Edmar Moreira chorou ao fazer a sua defesa no Conselho de Ética
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Segundo Rodrigues, deve ter havido algum "mal entendido" porque eles estavam saindo juntos da sala do Conselho de Ética e Leonardo sequer falou com o relator. "Realmente não aconteceu nada. Edmar tinha acabado de saber do voto de cassação, mesmo assim teve a cortesia de parar e cumprimentar o relator e nada aconteceu. Eu estava logo atrás do filho e só vi ele falar com o pai. Estava tanto barulho que nem eu escutei o que ele falou, deve ter sido algum mal entendido", disse.

Fonteles disse ontem, logo após ler o seu voto que recomendou a cassação de Edmar Moreira, que Leonardo passou por ele na hora de sair do Conselho e o chamou de "veado". O relator afirmou que comunicou o fato ao presidente do Conselho, José Carlos Araújo (PR-BA), e que pediu para Araújo comunicar o ocorrido à Assembleia Legislativa de Minas Gerais, para que o deputado estadual seja punido no Estado.

O processo

Moreira é acusado de usar recursos da verba indenizatória paga a parlamentares para contratar serviços de suas próprias empresas. Existe ainda a suspeita de que os serviços contratados não tenham sido efetivamente prestados.

Em seu voto final, o relator deixa claro que a escolha pela perda de mandato de Edmar se deve não só ao fato de ele ter contratado serviços de suas empresas, mas também pelos fortes indícios de que estes serviços não foram prestados.

Em sua defesa, o deputado disse anteriormente ser vítima de perseguição política por parte de membros de seu ex-partido, o DEM. Isso porque as denúncias contra ele começaram a surgir depois que, contra a vontade do partido, Edmar se candidatou e conseguiu vencer a disputa para o cargo de corregedor da Casa.

Fonte: Terra
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