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Sarney nega atos secretos: "crise não é minha, é do Senado"

16 jun 2009 - 16h28
(atualizado às 20h08)
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O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), fez um pronunciamento nesta terça-feira no qual comentou os escândalos envolvendo a Casa durante a sua gestão. Sarney negou envolvimento em qualquer irregularidade, como o uso de atos secretos. "A crise do Senado não é minha, a crise é do Senado. É essa instituição que devemos preservar, ninguém tem mais interesse nisso do que eu", afirmou.

Sarney fala sobre escândalos no Senado:

Nesta terça-feira, o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) informou que vai investigar a legalidade de centenas de decisões sigilosas tomadas por diretores do Senado nos últimos dez anos. Recentemente, o presidente da Casa foi envolvido em denúncias de que parentes dele teriam sido contratados por meio de atos administrativos que não constam em boletins do Senado.

"Eu, ao longo da vida, não tenho feito outra coisa se não louvar a atividade legislativa. São (...) 50 anos dentro do Parlamento. Não seria agora que eu ia praticar um ato menor que eu nunca pratiquei na vida", disse o peemedebista, que confirmou ter indicado uma sobrinha da mulher dele para trabalhar no gabinete do colega Delcídio Amaral (PT) em Mato Grosso do Sul.

Sarney anunciou medidas já tomadas pelo Senado para combater irregularidades, entre elas o contingenciamento de 40,5% da assistência médica e odontológica de servidores; a extinção de cargos como o de diretor-geral-adjunto; redução de cotas para uso de telefone celular; restrições referentes a treinamentos, seminários e congressos; extinção de cinco comissões especiais; dispensa de 55 servidores de membros de comissões especiais, entre outras.

Uma série de denúncias veio à tona após Sarney assumir a presidência da Casa. Em março, o ex-diretor-geral do Senado Agaciel Maia deixou o cargo após denúncias de que não havia declarado uma mansão avaliada em R$ 5 milhões em Brasília. No mesmo mês, o ex-diretor de Recursos Humanos deixou o cargo após ser acusado de emprestar um apartamento funcional do Senado para parentes.

Fonte: Terra
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