PUBLICIDADE

Disque Saúde e outros serviços esclarecem sobre gripe suína

28 abr 2009 - 19h42
(atualizado em 30/4/2009 às 19h54)
Compartilhar

O Ministério da Saúde divulgou, nesta terça-feira, as medidas adotadas para informar a população sobre a gripe suína e dar informações aos viajantes. Uma das ações do ministério foi disponibilizar o Disque Saúde (0800 61 1997), que teve seus profissionais treinados para prestar esclarecimentos sobre o tema.

Contra a gripe suína, passageiros desembarcam usando máscaras nos aeroportos
Contra a gripe suína, passageiros desembarcam usando máscaras nos aeroportos
Foto: Mario Angelo / Futura Press

De acordo com o órgão, serão veiculadas 53 inserções de comunicados em oito emissoras de televisão até o dia 30 de abril. Nas rádios, são cerca de 2,7 mil inserções nas duas principais rádios de cada capital e duas redes nacionais. Os dois jornais de maior circulação em cada Estado publicarão três comunicados sobre o assunto.

O Ministério da Saúde disponibilizou um hotsite sobre a doença, com link no portal www.saude.gov.br. Além disso, o órgão diz ter confeccionado 300 mil folderes trilíngues (português, inglês e espanhol), distribuídos nos 46 aeroportos de maior movimento no País.

A Infraero veicula avisos sonoros sobre os sintomas da doença e os procedimentos a serem adotados em 67 aeroportos. A partir desta quarta-feira, os principais aeroportos do país passarão a reproduzir informações sobre a gripe suína em seu sistema de televisão.

Informações para quem viaja a áreas afetadas:

- Usar máscaras cirúrgicas descartáveis durante toda a permanência em áreas afetadas. Substituir as máscaras sempre que necessário.

- Ao tossir ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com um lenço, preferencialmente descartável.

- Evitar locais com aglomeração de pessoas.

- Evitar o contato direto com pessoas doentes.

- Não compartilhar alimentos, copos, toalhas e objetos de uso pessoal.

- Evitar tocar olhos, nariz ou boca.

- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão, especialmente depois de tossir ou espirrar.

- Em caso de adoecimento, procurar assistência médica e informar história de contato com doentes e roteiro de viagens recentes às áreas afetadas.

- Não usar medicamentos sem orientação médica.

Informações para quem chega das áreas afetadas:

Segundo o Ministério da Saúde, viajantes procedentes, nos últimos 10 dias, de áreas com casos confirmados de influenza suína em humanos (como México, Estados Unidos e Canadá) e que apresentem febre alta repentina, superior a 38ºC, acompanhada de tosse e/ou dores de cabeça, musculares e nas articulações, devem:

- Procurar assistência médica na unidade de saúde mais próxima.

- Informar ao profissional de saúde o seu roteiro de viagem.

O Ministério da Saúde também disponibiliza no site outras questões sobre a gripe suína e uma lista de hospitais de referência.

Medidas anunciadas
O Gabinete Permanente de Emergência, formado por representantes dos ministérios da Saúde e da Agricultura e da Anvisa, decidiu monitorar os vôos procedentes de áreas afetadas (México, Estados Unidos, Canadá, Espanha, Grã-Bretanha e Nova Zelândia). O controle começará a ser realizado dentro dos aviões. Caso seja identificado algum passageiro com suspeita da doença, todos a bordo da aeronave serão submetidos à avaliação médica.

Os principais aeroportos do País terão ambulâncias de plantão para transportar eventuais pacientes das aeronaves para hospitais especializados, evitando contato com outras pessoas. O Ministério da Saúde divulgou em seu site uma lista de hospitais de referência.

Restrições
Até agora, não há restrição de viagens para brasileiros. Segundo a Anvisa, a medida só vai ser tomada caso a Organização Mundial da Saúde (OMS) julgue necessário. Em entrevista coletiva no final da tarde desta terça-feira, o gerente da área de coordenação interprogramática de prevenção e controle de doenças e saúde ambiental da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), Rubén Figueroa, voltou a afirmar que a organização não vai fazer recomendações de fechar fronteiras nem de que brasileiros deixem de viajar às áreas afetadas, por considerar esse tipo de medida "pouco eficaz".

Também não há restrições ao consumo de carne ou produtos de origem suína. Segundo o Ministério da Agricultura, "não existem animais infectados ou doentes com essa virose mesmo nos países em que casos humanos foram identificados".

Leitos
Segundo o Ministério da Saúde, o governo indicou 49 unidades de saúde de referência no País para tratar de ocorrências de gripe suína, sendo pelo menos uma em cada Estado. Nessas unidades, haverá leitos de isolamento. Alguns deles impedem a saída de ar para o ambiente externo.

Medicamentos
Há dois medicamentos antivirais recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento da gripe suína. O oseltamivir é fabricado pela Roche com o nome de Tamiflu, e o zanamivir, fabricado pela GlaxoSmithKline, com o nome de Relenza.

O governo brasileiro informou que tem um estoque de 9 milhões de tratamentos do Tamiflu, sendo que cada tratamento inclui dez doses. O Brasil deverá receber ainda 54 mil cápsulas importadas do remédio.

De acordo com o chefe da disciplina de Moléstias Infecciosas da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, Francisco Aoki, é importante que o medicamento seja ministrado no estágio inicial, nas primeiras 48 horas a partir do início dos sintomas, porque sua eficácia diminui com o passar do tempo. Aoki disse que é difícil estimar se esse estoque de medicamentos seria suficiente no caso de ocorrência de gripe suína.

O Tamiflu e o Relenza são recomendados para o tratamento da gripe suína, mas não impedem o contágio. Não há vacina específica contra a gripe suína.

Com informações da BBC Brasil.

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade