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Governo cria gabinete para prevenir foco de gripe suína

25 abr 2009 - 18h07
(atualizado em 28/4/2009 às 20h23)
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O Governo federal anunciou neste sábado a criação de um gabinete de emergência para avaliar, em reuniões diárias, a evolução do foco de gripe suína que surgiu no México e indicar as medidas preventivas necessárias para evitar que o vírus chegue ao Brasil.

Passageiros da companhia aérea Swiss Edelweiss desembarcam de vôo vindo do México no aeroporto de Zurique
Passageiros da companhia aérea Swiss Edelweiss desembarcam de vôo vindo do México no aeroporto de Zurique
Foto: Reuters

O Gabinete Permanente de Emergência será integrado por representantes do Ministério da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e do Ministério da Agricultura, segundo um comunicado divulgado hoje pelo primeiro órgão.

A nota esclarece que, por enquanto, não existem evidências de que o vírus que provoca a gripe suína em humanos esteja circulando no Brasil e que também não "há suspeitas ou registro de gripe suína em animais causados pelo mesmo agente identificado no México ou nos Estados Unidos".

Até agora, este vírus da gripe suína provocou 20 mortes confirmadas no México.

O Ministério da Saúde relembrou em seu comunicado todas as medidas anunciadas na sexta-feira para intensificar os controles de passageiros e bagagens nos aeroportos.

De acordo com a nota, as tripulações das aeronaves procedentes do México e dos EUA serão orientadas a relatar aos passageiros, durante o vôo, sobre os sintomas que caracterizam a gripe suína.

Os viajantes procedentes desses países que manifestarem os sintomas terão que se apresentar nos postos da Anvisa nos aeroportos e, caso necessário, serão conduzidos a hospitais.

O Ministério também determinou a distribuição, entre os passageiros desses vôos, de material educativo com informações sobre os sintomas da doença e orientações sobre a necessidade de buscar assistência médica no caso de alguma suspeita de contágio.

A nota acrescenta que as coordenações regionais de Vigilância em Saúde de todo o país já foram orientadas para que informem diretamente e o mais rápido possível ao Ministério da Saúde sobre os casos de suspeita de gripe suína.

Segundo o Ministério, os passageiros brasileiros que estiveram a caminho do México ou dos EUA também receberão informações preventivas.

Os sintomas da gripe suína são febre superior a 39°C e de maneira repentina, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e nas articulações, irritação dos olhos e coriza.

Tire suas dúvidas

O que é a gripe suína?

Uma doença respiratória que atinge porcos causada pelo vírus influenza tipo A, que tem diversas variantes. Algumas das mais conhecidas são a H1N1, a H2N2 e a H3N2.

Surtos da enfermidade são comuns, mas raramente causam mortes nos animais.

A gripe tende a se propagar mais durante o outono e o inverno, mas são registrados casos durante o ano inteiro.

Existem vários tipos de gripe suína e, assim como acontece no caso da gripe humana, o vírus causador da doença se modifica constantemente.

Os humanos podem contrair a gripe suína?

Normalmente não, mas no passado foram registrados casos em pessoas que tiveram contato próximo com porcos.

Mais raros ainda são os casos documentados de contágio de pessoa para pessoa.

A contaminação ocorre da mesma forma que a gripe comum, por meio de perdigotos (gotículas de saliva) lançados na tosse e espirros.

Esta doença no México é um novo tipo de gripe suína?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou que alguns dos casos registrados são formas não conhecidas da variedade H1N1do vírus Influenza A.

Ele é geneticamente diferente do vírus H1N1 que vem atacando humanos nos últimos anos e contém DNA associado aos vírus que causam as gripes aviária, suína e humana, incluindo elementos de viroses européias e asiáticas.

O quanto as pessoas devem se preocupar?

A OMS afirma que ainda é muito cedo para lidar com a situação como se ela fosse o início de uma pandemia.

Entretanto, o risco existe e a evolução dos casos está sendo acompanhada de perto por especialistas.

com informações da BBC Brasil

EFE   
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