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Polícia

Lindemberg confirma agressões da polícia, diz advogada

17 mar 2009 - 09h47
(atualizado às 09h54)
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Lindemberg Alves, acusado de matar a ex-namorada Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, após mantê-la refém por mais de 100 horas, confirmou em depoimento ao delegado assistente da Seccional de Taubaté, Marcos Rogério Machado, nesta segunda-feira, que sofreu agressões por várias vezes depois do desfecho do seqüestro da jovem e da amiga dela, Nayara Silva, em outubro, em Santo André, no ABC paulista. A informação foi confirmada pela advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assadi.

Ana Lúcia acompanhou o depoimento de Lindemberg, que ocorreu na P-2 (Penitenciária Dr. Augusto César Salgado) de Tremembé. O objetivo era buscar mais detalhes sobre as imagens de Lindemberg na cadeia de Pinheiros divulgadas pela TV Record logo após sua prisão, em que ele aparece com o rosto inchado e sem camisa. A divulgação das imagens é alvo de uma sindicância aberta pela Corregedoria da Polícia Civil.

Segundo a advogada, no entanto, há outra sindicância que apura as agressões que seu cliente teria sofrido após a prisão. "Tudo indica que ocorreram (as agressões) dentro da cadeia pública de Santo André, e não dentro do 6º DP (Distrito Policial onde Lindemberg foi ouvido após o fim do seqüestro)." Ainda de acordo com Ana Lúcia, uma terceira sindicância foi solicitada pela defesa para apurar a conduta da Polícia Militar em relação ao caso.

A advogada afirmou que, além do depoimento de Lindemberg, um laudo do Instituto Médico-Legal (IML) de Santo André, que constatou 14 lesões no corpo de seu cliente, comprovaria a violência cometida pela polícia. O depoimento e o laudo serão anexados à sindicância.

Processo

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) julga às 13h desta terça-feira o pedido de habeas-corpus impetrado pelos defensores de Lindemberg. A ação estava suspensa já que, segundo os advogados, a decisão de levar o acusado a júri popular não considerou os pedidos feitos no processo pela defesa, como a apresentação de laudos e testemunhas.

As acusações contra o preso são de homicídio, cárcere privado, disparo de arma de fogo e tentativa de homicídio.

Fonte: Redação Terra
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