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Força Nacional pode combater ações do MST, diz Tarso

2 mar 2009 - 16h44
(atualizado às 16h49)
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Laryssa Borges

Direto de Brasília

O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta segunda-feira que a Força Nacional de Segurança pode eventualmente atuar na manutenção da ordem nos Estados e auxiliar as polícias locais no combate a invasões e atuações do Movimento dos Sem-Terra (MST). Para isso, explicou o ministro, os governadores terão de fazer pedidos formais ao governo federal. O contingente de polícia especializada entraria em ação também se os manifestantes ocuparem ilegalmente prédios públicos ou espaços de posse da União.

No último dia 21, quatro seguranças foram assassinados a tiros por integrantes de um grupo sem-terra. O MST alegou que os mortos na cidade de São Joaquim do Monte, em Pernambuco, pertenciam a milícias armadas e o grupo os matou em legítima defesa, argumento que foi criticado hoje pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo informações de testemunhas, duas das vítimas chegaram a ser perseguidas em uma estrada antes de morrer. Dois sem-terra foram presos pelo crime.

"(A Força Nacional) pode atuar. Se o governador solicitar apoio da Força Nacional para dar sustentação, ela dará. É a nossa função e não há nenhum problema nisso", comentou, lembrando que a Força Nacional já atua em cinco Estados de forma complementar às polícias locais.

O ministro disse que não se pode afirmar que houve um aumento dos índices de violência por conta de atitudes como a do MST e evitou comentar as declarações do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, sobre financiamento público de movimentos sociais. Para Tarso, também não cabe a ele como ministro emitir opinião sobre uma suposta tentativa de se criminalizar manifestações como o MST. "Essas questões no Brasil são cíclicas desde os anos 30, mas não vejo nenhum índice de aumento da violência", declarou.

Fonte: Terra
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