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Polícia

Detidos suspeitos de pertencer a rede de pedofilia em SP

18 fev 2009 - 22h16
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Chico Siqueira

Direto de Araçatuba

A Polícia Civil deteve nesta quarta-feira dois homens suspeitos de pertencer a uma suposta rede de pedofilia em Catanduva, interior de São Paulo. Os suspeitos foram apontados por mães das supostas vítimas na semana passada. A rede teria abusado de pelo menos 47 crianças de dois bairros pobres da cidade.

Um dos detidos nesta quarta-feira é um empresário. De acordo com a polícia, ele seria o dono da caminhonete que teria recolhido as crianças na escola, e também da casa de luxo, para onde as crianças seriam levadas para serem filmadas e molestadas. O outro homem detido trabalha em uma usina de álcool. Os dois negaram envolvimento no caso, mas foram fotografados, antes de serem liberados. As fotos serão usadas para reconhecimento das crianças.

O empresário negou que fosse sua caminhonete a observada nas proximidades das escolas dos bairros. Posteriormente, disse que um dos seus empregados usou o veículo, informação negada pelo próprio funcionário em depoimento. As fotos da casa do empresário também serão usadas para reconhecimento. As crianças descreveram o imóvel como sendo de luxo, com piscina e banheiras nos quartos.

A delegada da Mulher de Catanduva, Rosana da Silva Vanni, disse que a polícia tem denúncias de quatro homens que fariam parte da rede. "Um deles é filho de um médico, o outro é empresário e o terceiro é filho de um empresário, todos conhecidos na cidade", disse a delegada.

A polícia pretende ouvir as crianças e suas mães a partir da próxima quarta-feira. Elas também farão reconhecimento fotográfico. A ação desta quarta-feira foi baseada em inquérito aberto por determinação da Justiça estadual. As mães reclamaram de que a polícia ouviu todas as vítimas e nem prendeu todos integrantes da suposta rede no primeiro inquérito, encerrado no final de janeiro.

Na primeira ação, apenas o borracheiro José Barra Nova Melo, 46 anos, e seu sobrinho seriam autores de abusos cometidos contra 12 crianças. As mães, além de apontarem novos suspeitos, também revelaram que não seriam 12, mas sim 47 as crianças supostamente abusadas pelo grupo.

Fonte: Terra
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